Segundo o chefe da Assessoria para os Setores Estratégicos de Defesa, General Aderico Visconte Pardi Mattioli, os estudos sobre o assunto datam de 2011. “A Estratégia Nacional de Defesa, um dos documentos-base do Ministério da Defesa, previa que o país tivesse capacidade de resposta a ameaças aéreas à média altura. Para isso, foram feitas pesquisas até chegar à escolha pelo sistema russo Pantsir.”
A demanda brasileira por baterias de artilharia antiaérea atualmente, segundo o Ministério da Defesa, é de 21 unidades, sendo 14 para baixa altura e sete para média altura. A negociação para a compra dos sistemas engloba a transferência de tecnologia, permitindo que futuramente o Brasil também possa produzir o equipamento.
O subchefe de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa brasileiro, General Décio Luís Schons, se mostrou bastante satisfeito com as negociações em curso e disse que acredita em boas perspectivas de futuras parcerias entre Brasil e Rússia no setor. “Precisamos ultrapassar nossas diferenças culturais no campo militar, particularmente no que diz respeito à operação e manutenção de equipamentos. Antes de mais nada, devemos construir confiança e credibilidade.”O chefe da delegação russa, Vladimir Tikhomirov, afirmou que o processo está caminhando bem. “Concordamos com a transferência irrestrita de tecnologia e a necessidade de suporte pós-venda. Vamos capacitar parceiros brasileiros que realizarão esse suporte. Estamos tendo progressos.”
O complexo automatizado russo foi utilizado nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014. Naquela oportunidade, o país recebeu atletas de 88 países e foi visitado por 51 chefes de Estado. O sistema conta com câmeras e sensores que podem ser adquiridos separadamente.Tikhomirov frisou que outros assuntos foram discutidos no recente encontro com as autoridades brasileiras, como o contrato offset (compensação comercial) dos 12 helicópteros de ataque russo Mi-35, já entregues ao Brasil, e a criação de um centro de manutenção para estas aeronaves, além da apresentação do sistema de segurança integrado Cidade Segura, que inclui mísseis Bal e Bastión.
Créditos: Sputnyk
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