O presidente do Banco Goldman Sachs para o Brasil, Paulo Leme, declarou esta semana que, longe de ser um problema político e econômico, o país é visto atualmente por empresários e investidores internacionais como “uma grande oportunidade”. Falando a jornalistas, Paulo Leme afirmou:
“O Brasil não é visto como um país-problema para os negócios do Goldman Sachs, mas como um lugar de oportunidades. Investidores estrangeiros com visão global e grandes empresários também confiam nisso.”
Ainda de acordo com Paulo Leme, “o Brasil tem instituições e negócios muito sólidos, o que dá confiança para trabalhar mesmo agora, quando as regras do jogo não estão claras”. Nas palavras do banqueiro, “os negócios não deixam de acontecer, mas apenas se adaptam às condições de mercado”.
Outra manifestação de confiança pela recuperação da economia brasileira foi feita pelo ministro dos Transportes e Infraestrutura Digital da Alemanha, Alexander Dobrindt. Integrante da comitiva da Chanceler Angela Merkel, que esteve em Brasília nos dias 19 e 20, e diante do ministro-secretário dos Portos, Edinho Araújo, o Ministro Dobrindt disse que, “a exemplo da Alemanha, o Brasil vai superar as dificuldades econômicas e, por isso, as empresas alemãs terão interesse em investir nos portos brasileiros”.
Alexander Dobrindt disse mais:
“Estamos dispostos, dentro das possibilidades, a apoiar o Brasil mesmo com o impasse em termos econômicos. O Brasil sempre demonstrou força para superar as dificuldades. As adaptações que estão sendo feitas, em termos de ajustes econômicos, foram algo que a Alemanha teve de fazer há alguns anos. Saímos mais fortes do que estávamos quando entramos na crise. Confio que o Brasil saberá fazer o mesmo, e sairá desta situação melhor do que entrou.”
O jornalista Mário Russo, especialista em assuntos ligados a Economia e Finanças, concorda com as duas afirmações: “As declarações de Paulo Leme e Alexander Dobrindt indicam o quanto o Brasil é respeitado no exterior e a forma positiva como o país é visto como uma janela de oportunidades por empresários e investidores. Foi, é e sempre será esta terra de oportunidades. O Brasil é muito grande, possui enorme potencial e tem plena capacidade de se recuperar. O próprio Goldman Sachs, de Paulo Leme, é um exemplo de que, quando a economia vai mal, os bancos vão bem; e quando a economia vai bem, os bancos vão melhor ainda. No caso do Goldman Sachs, o lucro do banco no Brasil quase triplicou no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014. Foram 101,6 milhões de reais no primeiro semestre de 2015 contra 35,1 milhões no período de janeiro a junho do ano passado. A receita do banco, nesse curto período de tempo, subiu quase 60%. A expectativa do Brasil é animadora, mas não deixa de haver uma certa ironia nesta questão. Por que o Brasil é visto como uma grande oportunidade de negócios? Porque as empresas estão com a corda no pescoço. Uma empresa que vale, vamos dizer, 1 milhão de reais pode, perfeitamente, ser negociada por 600 mil reais (exemplos hipotéticos, é claro).”
“O Ministro Alexander Dobrindt”, conclui Mário Russo, “disse que o Brasil está fazendo ou terá de fazer algo que a Alemanha fez há alguns anos e deu certo para se recuperar economicamente. Então, é preciso esperar para ver e acreditar que tanto o banqueiro Paulo Leme, do Goldman Sachs, quanto o Ministro dos Transportes e Infraestrutura Digital da Alemanha, Alexander Dobrindt, estejam com a razão. O Brasil é muito grande, é sólido e tem tudo para também se recuperar.”
Créditos: Sputnik
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