terça-feira, 15 de setembro de 2015

Fundo Amazônia arrecada R$ 2 bilhões contra o desmatamento


 Noruega desembolsou até agora mais de US$ 900 milhões, condicionados à redução do desmatamento na Amazônia

O Fundo Amazônia, criado pelo governo brasileiro em 2008 e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encerra sua primeira fase de parceria com o governo da Noruega com arrecadação de R$ 2 bilhões. 

A Noruega desembolsou até agora mais de US$ 900 milhões, condicionados à redução do desmatamento na Amazônia, e espera cumprir até o final do ano a promessa de investir no instrumento US$ 1 bilhão, disse nesta segunda-feira (14), no Rio de Janeiro, a ministra norueguesa do Clima e do Meio Ambiente, Tine Sundtoft. Além da Noruega, são doadores do Fundo Amazônia o banco de desenvolvimento da Alemanha KfW e a Petrobras. 

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, admitiu que dificuldades econômico-financeiras mundiais reduziram a possibilidade de contribuições de outros países ao Fundo. “A crise fiscal nos países desenvolvidos depois da crise mundial de 2008/2009, a longa crise do euro até 2012 se traduziram em situações de grande restrição fiscal que frustrou uma expectativa original nossa de que pudéssemos conseguir uma maior diversificação de contribuições.” O presidente do BNDES, avaliou, porém, que a recente contribuição alemã ao Fundo, da ordem de 100 milhões de euros, “é substancial”.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que três fatores são importantes no que se refere ao Fundo. O primeiro deles é que se trata de uma cooperação bilateral entre Brasil e Noruega, em que o BNDES preencheu os requisitos exigidos pelo governo daquele país para administrar o fundo. Trata-se de um fundo inovador – explicou Izabella Teixeira – à medida em que paga por resultados, diferentemente da experiência anterior brasileira, em que o dinheiro era dado para o Brasil fazer. “Esse é o contrário. O dinheiro vem porque o Brasil fez.”

Outra questão, reforçou a ministra, é a apropriação do Fundo pelo Brasil. “As escolhas são do País”. Ela destacou que, atualmente, o Brasil está na terceira fase do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento no País, com uma visão clara que dialoga desde a regularização fundiária, agricultura sustentável e proteção das florestas. Nessa terceira fase, o Brasil apresenta 60 milhões de hectares de compromissos consolidados e um fundo de áreas protegidas de US$ 230 milhões assegurados.
Créditos: Portal Brasil



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