Com 337 municípios distribuídos em 73 milhões de hectares, o Matopiba tem quase 6 milhões de brasileiros e 324 mil estabelecimentos agrícolas. A região se ressente, no entanto, da falta de uma malha rodoviária mais eficiente para o escoamento.
Parte da safra do Tocantins e do Maranhão pode ser exportada pela Rodovia Belém-Brasília até o porto de Barcarena (PA) ou pela Ferrovia Norte-Sul, de Porto Franco (MA) até o porto de Itaqui, em São Luís. As demais áreas do Matopiba têm como caminho natural a BR-020, que liga Brasília a Fortaleza, que não tem asfalto num trecho de 460 quilômetros na Bahia e no Piauí.
Apesar da carência de infraestrutura, que encarece os preços dos fretes, o agricultor e presidente da Associação dos Produtores da Serra do Quilombo (PI), Leivandro Fritzen, diz que investir em lavouras na região tem vantagens. Ele ressalta que as produções de soja e milho têm crescido ano a ano.
Segundo o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, Celestino Zanella, Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba, lançado em maio pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, ajudará a elevar a produtividade na região. Ele, no entanto, também reivindica melhorias na malha viária para o escoamento da safra. “Corrigida essa deficiência, a produção na região só tem a crescer”, diz.
Mesmo com as deficiências no escoamento, a região tem chamado a atenção pela produção e pela produtividade crescentes. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Matopiba produziu 8,7 milhões de toneladas de soja na safra 2013/2014. Na temporada 2014/2015, a produção da oleaginosa teve aumento de 21,7% e chegou a 10,5, milhões de toneladas, equivalentes a 11% da produção nacional de soja. A Bahia se destaca em produtividade, com 2.940 quilos por hectare (kg/ha) e 4,2 milhões de toneladas colhidas.
Créditos: Agencia Brasil
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