Um asteroide com cerca de 400 metros vai passar raspando pela Terra em pleno Dia das Bruxas. Não vai bater, mas isso não quer dizer que não seja um baita susto. O objeto foi descoberto apenas 21 dias atrás, por um projeto de monitoramento instalado na Universidade do Havaí e financiado pela Nasa.
Na prática, isso significa que, se o astro designado pela sigla 2015 TB145 estivesse mesmo em rota de colisão, quase não haveria aviso prévio para tentar evitar o impacto ou mitigar os efeitos. O asteroide não seria capaz de extinguir a humanidade (o que matou os dinossauros tinha mais de 10 km de largura). Mas poderia causar sérios danos em escala local. Compare-o com o meteoro que atingiu a região de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Naquela ocasião, o bólido tinha apenas 30 metros (um décimo do atual), e sua explosão na atmosfera foi capaz de danificar cerca de 7.200 edifícios e ferir mais de mil pessoas.
Essas colisões com pouco ou nenhum aviso obrigam à pergunta: os atuais esforços para monitoramento de asteroides são suficientes para proteger a Terra? “Nossos sistemas ainda estão sujeitos a falhas”, destaca Cristóvão Jacques, astrônomo que lidera o Observatório Sonear, em Oliveira (MG), e é o maior descobridor de asteroides próximos à Terra no Brasil. “Um problema é o pouco investimento no hemisfério Sul”, diz o pesquisador. “Hoje apenas dois ou três projetos de busca amadores fazem esta cobertura no Sul.”
Créditos: Comercio de Jaú
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