sábado, 31 de outubro de 2015

Asteroide vai passar bem próximo da Terra

Um asteroide com cerca de 400 metros vai passar raspando pela Terra em pleno Dia das Bruxas. Não vai bater, mas isso não quer dizer que não seja um baita susto. O objeto foi descoberto apenas 21 dias atrás, por um projeto de monitoramento instalado na Universidade do Havaí e financiado pela Nasa.

Na prática, isso significa que, se o astro designado pela sigla 2015 TB145 estivesse mesmo em rota de colisão, quase não haveria aviso prévio para tentar evitar o impacto ou mitigar os efeitos. O asteroide não seria capaz de extinguir a humanidade (o que matou os dinossauros tinha mais de 10 km de largura). Mas poderia causar sérios danos em escala local. Compare-o com o meteoro que atingiu a região de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Naquela ocasião, o bólido tinha apenas 30 metros (um décimo do atual), e sua explosão na atmosfera foi capaz de danificar cerca de 7.200 edifícios e ferir mais de mil pessoas.

Essas colisões com pouco ou nenhum aviso obrigam à pergunta: os atuais esforços para monitoramento de asteroides são suficientes para proteger a Terra? “Nossos sistemas ainda estão sujeitos a falhas”, destaca Cristóvão Jacques, astrônomo que lidera o Observatório Sonear, em Oliveira (MG), e é o maior descobridor de asteroides próximos à Terra no Brasil. “Um problema é o pouco investimento no hemisfério Sul”, diz o pesquisador. “Hoje apenas dois ou três projetos de busca amadores fazem esta cobertura no Sul.”
Créditos: Comercio de Jaú


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