A presidenta Dilma Rousseff reiterou seu repúdio aos ataques terroristas ocorridos em Paris, na sexta-feira (13). A presidenta discursou na abertura da reunião de líderes do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Expresso o meu mais veemente repúdio, que é também o de todo povo brasileiro, aos atos de barbárie praticados pela organização terrorista Estado Islâmico, que levaram morte e sofrimento a centenas de pessoas de várias nacionalidades em Paris na sexta-feira. Essas atrocidades tornam ainda mais urgente uma ação conjunta de toda comunidade internacional no combate sem tréguas ao terrorismo”, disse a presidenta em Antália, na Turquia.
Dilma participou do encontro do Brics que precedeu o início da décima Cúpula do G20, que reúne as principais economias avançadas e emergentes do mundo.
Dilma enviou uma carta ao presidente francês, François Hollande, em que expressou a solidariedade do governo brasileiro ao povo e ao governo da França e condenou os atentados de forma veemente. “Estou certa de que a nação francesa saberá enfrentar com altivez e determinação esse momento difícil, e dele sairá mais forte e coesa. Hoje, somos todos franceses”, disse, na carta.
O Estado Islâmico reivindicou, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortes e deixaram 352 feridos, 99 em estado grave. Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para finalizar os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde ocorria uma partida de futebol entre as seleções da França e da Alemanha. A França decretou estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras após os episódios que foram classificados por Hollande, como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Dilma Rousseff defendeu também o compromisso do grupo do Brics de trabalhar pela redução dos riscos “que a economia global continua a enfrentar”.
A presidenta ressaltou que, no âmbito do G20, o Brics deve trabalhar para que os países priorizem os investimentos em infraestrutura, a redução da volatilidade dos mercados globais, a necessidade de reforma das instituições financeiras e o combate à pobreza e às desigualdades como temas importante para os países em desenvolvimento.
Dilma destacou que o grupo do Brics teve resultados “muito expressivos” em 2015 com a concretização do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, que, segundo ela, deve impulsionar a ampliação da agenda de cooperação e a consolidação da parceria econômica do bloco.
A presidenta ressaltou ainda que o Brics “continuará a ser uma força positiva para a retomada do crescimento global nos próximos anos” e reiterou o empenho de tornar realidade os compromissos da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), assumidos em 2010, “em prol de uma governança econômico-financeira global mais equilibrada e representativa, com maior participação dos países emergentes e em desenvolvimento”.
Créditos: Rede Brasil Atual
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