domingo, 8 de novembro de 2015

Sem o Bolsa Família, mais de 8 milhões de pessoas voltariam à extrema pobreza no País

A proposta do relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), de cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família em 2016 vai devolver mais de 345,4 mil famílias baianas à extrema pobreza. O levantamento foi apresentado pelo secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Helmut Schwarzer, durante a X Conferência Estadual de Assistência Social da Bahia, em Salvador, nos dias 3 e 4 de novembro. No Brasil, 8 milhões de pessoas voltariam a viver na extrema pobreza ou seja, com renda mensal inferior a R$ 77 per capita.

“No caso da Bahia, que hoje tem 1,8 milhão de famílias no Bolsa Família, 706 mil sairiam do programa. Ou seja, teríamos um desligamento de 39,3% de famílias beneficiárias. Dessas, 345.434 (19%) seriam devolvidas à condição de pobreza extrema”, conta Schwarzer. Além do aumento da condição de extrema pobreza, ele destaca que ainda haveria impactos sobre escolaridade, mortalidade infantil, saúde e na economia do estado. “A Bahia recebe cerca de R$ 3,6 bilhões todo ano. Esse exercício nos mostra que o estado deixaria de receber R$1,2 bilhão de transferências para suas famílias. É necessário que as pessoas saibam quais são as consequências dessa proposta.” 

A secretária nacional de Assistência Social do MDS, Ieda Castro, aponta que a proposta de cortes no programa é resultado de preconceito contra a forma que o país encontrou de transferir renda e garantir o mínimo direito às famílias. “A retirada da família do programa significa colocá-la abaixo da linha da pobreza. Nós estamos lutando para enfrentar a desigualdade social e construir uma sociedade mais igual.” Fonte: MDS
Créditos: Portal Brasil


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