A instalação de 14.000 metros quadrados, conduzida pela empresa Boyalife Group, deverá produzir 100 mil embriões de bovinos por ano, inicialmente, pretendendo aumentar para 1 milhão, posteriormente, o que poderia torná-los responsáveis por 5% do mercado de gado, na China.
“A tecnologia de clonagem já está ao nosso redor. É que nem todo mundo sabe sobre isso. E eu posso garantir que a carne clonada é a mais saborosa que eu já provei”, disse Xu Xiaochun, CEO da empresa, ao jornal The New York Times.
De acordo com Xu, a produção de carne clonada irá ajudar a reforçar a indústria de comida chinesa, já que os agricultores locais se esforçam muito para produzir gado suficiente para atender a demanda do mercado. “Uma das razões por termos tanta carne de baixa qualidade é que nós não aplicamos tecnologia de clonagem. Esta é a única maneira de permitir que chineses e muitas outras pessoas no mundo possam desfrutar de carne bovina de alta qualidade, de uma maneira eficiente”, acrescentou Xu.
No entanto, além da produção de carne de bovino, a unidade está também pensando em realizar a clonagem de uma série de outros animais, incluindo cães farejadores, cães de estimação, e até mesmo cavalos de corrida. Seus criadores acreditam também que a fábrica de clonagem será benéfica para fins de conservação, podendo ajudar a salvar espécies ameaçadas de extinção. “Isso vai mudar o nosso mundo e nossas vidas. Poderá tornar nossa vida melhor. Portanto, estamos muito, muito animados com o projeto”, disse o presidente.
A clonagem de animais para a produção de carne e laticínios existe em outras partes do mundo, mas em escala muito menor. Em lugares como os EUA e o Reino Unido, a clonagem, muitas vezes, requer autorizações especiais ou é utilizada para fins de reprodução, em oposição à venda de alimentos.
Em níveis de produção em massa, no entanto, alguns estão céticos sobre o foco declarado da instalação, dizendo que o custo envolvido na clonagem pode não ser rentável para fabricação e venda de carnes. “Acho que a tecnologia de clonagem pode ser usada para espécies ameaçadas de extinção, mas não é muito necessária para a criação de animais. Eu não acho que isso será muito econômico, e duvido que este modelo vai decolar tão cedo”, opinou Ma Wenfeng, analista da Beijing Orient Agribusiness Consultant. (Por Bruno Rizzato.).
Créditos: Jornal Ciência
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