As vendas do comércio varejista subiram 1,2% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, a maior taxa registrada desde julho de 2013, quando o avanço foi de 3,0%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O avanço foi puxado pelo crescimento registrado em metade das oito atividades investigadas. O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que responde por cerca de 50% do total do varejo, teve elevação de 0,8% nas vendas após três quedas consecutivas, período em que acumulou uma perda de 3,7%.
Segundo a gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, a alta das vendas vieram de uma base de comparação baixa, após meses de quedas consecutivas. "Há três ou quatro meses elas estão mostrando quedas consecutivas. Então é natural que, depois de muito tempo consecutivo de queda, você comece a consumir", justificou Isabella.
O resultado de fevereiro, entretanto, não recuperou a perda de 4,1% acumulada nos dois meses anteriores, ressaltou o instituto. A média móvel trimestral do varejo permaneceu em território negativo pelo terceiro mês consecutivo, ao registrar queda de 1,0% em fevereiro.
Na comparação com fevereiro de 2015, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 4,2% em fevereiro de 2016, o pior resultado para o mês registrado pela série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, com início em 2002. O resultado do varejo em fevereiro foi a 11ª taxa negativa consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No ano, as vendas do varejo restrito acumulam retração de 7,6% e recuo de 5,3% em 12 meses.
"Fevereiro reduz 6,4 ponto porcentual a queda em relação a janeiro. Mas é pior do que em fevereiro do ano passado, porque tem uma conjuntura que avançou negativamente em relação a 2015. O mercado de trabalho está mais negativo, a inflação está mais alta, a taxa de desemprego aumentou", explicou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
Créditos: Estadão
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