O Brasil perdeu 1,5 milhão de postos de trabalho com carteira em 2015. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada ontem (16) pelo Ministério do Trabalho, o resultado é o pior da série histórica, iniciada em 1985. O estoque de empregos formais caiu de 49,6 milhões no fim e 2014 para 48,1 milhões no fim do ano passado. O estoque, entretanto, foi ainda o terceiro maior da série histórica, perdendo apenas para 2014 e 2013 (49,8 milhões).
Os rendimentos médios reais dos trabalhadores também recuaram em 2015 em relação a 2014 (-2,56%). A remuneração média individual caiu de R$ 2.725,28 para R$ 2.655,60. Na comparação por setores da economia, apenas agropecuária contratou mais do que demitiu, tendo criado 20,9 mil vagas formais. Os demais setores registraram quedas, com destaque para indústria de transformação (-604,1 mil), construção civil (-393 mil) e comércio (-195,5 mil).
Entre as regiões, o Sudeste foi a que mais eliminou cortou empregos, 900,3 mil vagas, seguido por Nordeste (-233,6 mil) e Sul (-217,2 mil). Piauí (3 mil), Acre (2,8 mil) e Roraima (2,2 mil) foram as três únicas unidades da federação que tiveram saldo positivo de contratações em relação às demissões. A Rais, divulgada uma vez por ano, se diferencia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – que é mensal – também por abranger não apenas trabalhadores do setor privado, mas temporários e servidores públicos federais, estaduais e municipais.
Créditos: Rede Brasil Atual
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