Nesta segunda-feira (21), o ex-senador Delcídio Amaral depôs, em Curitiba, contra o ex-presidente Lula. Ele afirmou ao juiz Sergio Moro nunca ter tido nenhuma conversa com o ex-presidente a respeito de qualquer procedimento ilícito.
Delcídio do Amaral, que foi diretor da Petrobras, no governo de Fernando Henrique, e ministro de Minas e Energia no governo de Itamar Franco, disse também que não sabia sobre o apartamento do Guarujá, ou vantagens indevidas concedidas ao ex-presidente por meio do imóvel.
Ele disse, porém, que “o presidente não entrava nos detalhes, mas tinha conhecimento absoluto dos interesses dos envolvidos”. Questionando se tinha provas sobre o que dizia, Delcídio afirmou que não, que fizera uma “delação de político”, por ser líder do governo e “saber como a roda gira”, mas que suas teses vinham sendo confirmadas por outros delatores.
Para a defesa do ex-presidente Lula, “o ex-senador Delcídio do Amaral, um dos delatores ouvidos, disse nada saber sobre essa acusação do tríplex, limitando-se a repetir suas já conhecidas afirmações vagas e sem provas. Há muito Delcídio vem falando que Lula desta vez ‘não escapa’. Essa obsessão por incriminar o ex-presidente, mesmo sabendo de sua inocência, foi hoje mais uma vez comprovada. Delcídio foi incapaz de apontar um fato ou conversa concreta em relação a Lula”.
Em nota, os advogados do Teixeira & Martins ainda afirmaram: “Mais uma vez ficou claro que as acusações que o MPF fez contra Lula são frívolas, sem materialidade e fazem parte de um processo de lawfare, que é o uso de procedimento jurídicos para fins de perseguição política”. Foto: EBC.
Créditos: Revista Forum
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