Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os empresários estão preferindo não assumir compromissos de longo prazo, tendo em vista os juros em patamares elevados e a pouca disposição dos brasileiros em consumir. “Nem mesmo a proximidade de fim de ano, período em que o consumo tende a aumentar e requer mais investimentos, tem sido o suficiente para os micro e pequenos empresários tomar crédito”, explica Pinheiro.
De acordo com o levantamento, em termos percentuais, somente 5,90% dos micro e pequenos empresários das capitais e do interior do país manifestam a intenção de buscar crédito no horizonte de três meses. Nove em cada dez (88,2%) empresários consultados não possuem interesse em contratar qualquer linha de financiamento para seus negócios. “As condições macroeconômicas adversas e a ainda frágil perspectiva de que recuperação em 2017 reforçam a reticência do micro e pequeno empresariado brasileiro diante do cenário de recessão”, diz o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
De acordo com o indicador do SPC Brasil e da CNDL, mais de um terço (36,8%) dos empresários ouvidos consideram que atualmente está “difícil ou muito difícil” ter crédito aprovado. Segundo os entrevistados, as modalidades de crédito mais difíceis de serem contratadas são empréstimos (29,5%), financiamento (16,1%) em instituições financeiras e crédito junto a fornecedores (13,3%). Além disso, as principais razões para a dificuldade de se obter esse dinheiro extra são os juros elevados (50,3%) e a burocracia (37,1%).
“Com o devido planejamento, o crédito pode ser uma via de crescimento para os empresários que têm planos de investir. Políticas que reduzam o custo do crédito e retirem os entraves para contratação, sem aumentar o risco dos bancos, podem traduzir-se em oportunidade de expansão de muitos negócios”, diz o presidente da CNDL Honório Pinheiro.
Créditos: Paraíba Total
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