Dez centrais sindicais definiram a data de 30 de junho, última sexta-feira do mês, para uma nova greve geral, pela saída de Temer e eleições diretas, contra o desmonte da Previdência e dos direitos trabalhista. Estiveram presenta a CUT, CTB, UGT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, Pública e CSB. Dentro do calendário de luta, as centrais convocaram para o dia 20 de junho um Dia Nacional Mobilização.
Para o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, a expectativa é de essa nova mobilização supere a greve geral do dia 28 de abril.
“Primeiro as categorias devem referendar o dia 30. E o dia 20 será a preparação para o dia da Greve Geral, uma grande mobilização nacional com protestos, ações em todas as capitais, assembleia nas portas de fábrica, paralisação de lojas, bancos, comércios, enfim, uma grande manifestação criando condições para a Greve Geral do dia 30”, afirma o secretário da CUT.
Contudo, dependendo do andamento das reformas do governo golpista no Congresso, as datas poderão ser adiantadas. “Se o Congresso Nacional, mesmo com tudo que temos feito, resolver antecipar a votação das reformas, vamos antecipar também as mobilizações. Não vamos permitir que votem contra a vontade do povo brasileiro. A classe trabalhadora irá reagir”, ressalta Nobre.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, avaliou que “o momento exige resistência e luta contra as propostas de Temer que põe fim a direitos consagrados da Classe Trabalhadora e de toda a sociedade brasileira. Está claro que a sociedade está contra esse governo é só com luta iremos barrar os retrocessos capitaneados por Michel Temer”.
Araújo destacou que a CTB irá colocar força na construção da greve e reiterou a convocação a toda a sua base. “As CTBs nos estados e as federações e confederações filiadas à CTB estão convocadas a organizar suas bases para a luta”, afirmou. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, também participou da reunião e disse que a articulação da categoria para integrar os protestos já começa a ser planejada.
“A mobilização dos trabalhadores definirá o rumo do país, se Temer fica e se, caindo, teremos escolha democrática com participação do povo. O clima nas bases é de transformar esse mês de junho num período de resistência”, disse Marques.
"Faremos assembleias nas portas de fábrica e participaremos do ato unificado no dia 20 porque percebemos que o sistema político está tentando operar com ou sem Temer e, por isso, temos de fazer luta pelo Fora Temer, contra as reformas por Diretas Já, que nos permitirão não só resistirmos às reformas, mas também colocarmos o Brasil nos trilhos”, destacou o sindicalista.
Créditos: Agência PT de notícias, com informações da CUT
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