O governo deverá receber menos de R$ 10 bilhões no processo de "descotização" das usinas da Eletrobras, afirmou ontem o ministro interino de Minas e Energia, Paulo Pedrosa em evento no Rio. Até o fim da semana o governo deverá enviar o montante preciso ao Planejamento, para a composição do Orçamento da União.
A proposta do governo federal é permitir que a Eletrobras venda a valores de mercado a energia de hidrelétricas antigas que hoje operam em um chamado "regime de cotas", com baixos preços. A Eletrobras pagaria um bônus para o governo em troca da descotização das usinas, que se tornariam mais lucrativas. A arrecadação prevista no processo é de R$ 20 bilhões, estima a pasta, e será igualmente dividida entre o Tesouro, a companhia e o consumidor. Ou seja, esse valor ainda completamente abaixo das perdas de patrimônio que a privatização, terá uma parte significativa destinado ao domínio privado da empresa.
A ofensiva na Eletrobras carrega uma forma do Temer atacar as estatais "pela beirada", testando sua força para na realidade privatizar outras quatro estatais centrais, a Petrobras, os Correios, a Caixa e o Banco do Brasil. Além dessas, já são 57 projetos de privatização que Temer colocou no seu "feirão" do patrimônio público aos empresários parasitários. Os dados apresentados nesse artigo expressam um escandaloso processo de entrega do patrimônio do povo brasileiro a preço de banana, como uma forma de tapar o buraco fiscal gerado pelos capitalistas com uma peneira. Um verdadeiro crime de lesa pátria, pois quem sofrerá serão os trabalhadores com os eminentes aumentos na tarifação de energia, dentre tantos outras perdas com esse ataque de Temer.
Créditos: Esquerda Diário
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