A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta terça-feira, 8, que os indicadores financeiros apresentados pela Petrobrás neste primeiro trimestre de 2018 revelam o tamanho do desmonte que a empresa sofreu.
"Os R$ 6,96 bilhões que a gestão Pedro Parente anuncia como lucro são resultado das privatizações, que engrossaram em R$ 7,5 bilhões o caixa, e da redução dos investimentos, que encolheram R$ 5 bilhões em relação ao último trimestre de 2017", diz a FUP em nota.
Segundo os petroleiros, cada vez mais, a Petrobrás abandona o papel de indutora do desenvolvimento, para se concentrar no mercado internacional, caminhando a passos largos para ser apenas uma exportadora de óleo cru. "As exportações nestes três primeiros meses do ano aumentaram 25% em relação ao trimestre anterior, saltando de 388 mil para 496 mil barris/dia, o que também refletiu no lucro, já que o preço do petróleo voltou a subir. Enquanto o mercado comemora, o país sofre as consequências da desintegração do Sistema Petrobrás";
Estudo feito pela FUP, baseado em dados do BNDES, aponta que para cada R$ 1 bilhão investido no setor petróleo, cerca de 20 mil empregos são gerados. Pedro Parente faz exatamente o contrário. O total de investimentos feitos no trimestre (R$ 9,9 bilhões) foi o menor valor aplicado pela Petrobrás desde 2005. Enquanto isso, os bancos continuam se apropriando de bilhões e bilhões de reais, que poderiam estar movimentando a indústria e a economia nacional. Só nestes três primeiros meses do ano, Parente aumentou em R$ 20 bilhões o montante para pagamento da dívida e juros, quase o dobro do trimestre anterior.
Créditos: Plantão Brasil
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