Causa Operária - O fim da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), perpetuada pelos golpistas em novembro do ano passado, mesmo com pouco tempo de práticas contra os trabalhadores e suas organizações, nos mostra sua verdadeira face através dos números atuais de demissões por “acordo”: 109.508 mil demitidos pela “modernização” escravocrata, segundo o Ministério do Trabalho.
A imprensa burguesa, venal como sempre, trata do número assustador, e que na verdade revela a falta de estabilidade para a classe trabalhadora, como algo positivo. A “beleza” da situação toda, está no fato de que na “nova CLT”, o trabalhador que pede a demissão “nesses termos”, recebe metade das verbas trabalhistas apenas, além de seguir os ritos do contrato individual.
Estar sendo extinto, por exemplo, o seguro-desemprego, pois agora tudo é feito pela pressão econômica do patrão, como anteriormente aos sindicatos serem organizados para usar a força contra a situação de escravidão que havia. Os casos onde os patrões oferecem salários miseráveis, condições de trabalhos absurdas, horários reduzidos para aumentar o lucro, e assim, o trabalhador tem que ter mais de dois ou três empregos, aumentam a cada dia. Sem contar que a mesma não serve ao “grande escalão” da sociedade.
Afinal, os chamados “acordos”, são muito bons para a burguesia, para os patrões, que não precisam mais negociar com as organizações operárias, os sindicatos, pagando as taxas mais básicas para manter uma dignidade mínima aos trabalhadores.
Agora, os patrões que detém o controle econômico da sociedade, dominando os meios de produção, criando monopólios para destruir os pequenos negócio, além de pagar salários de fome – como já noticiado neste diário -, não precisam mais pagar todas as antigas conquistas dos trabalhadores, estando livres para contratar funcionários por algumas poucas horas, sem 13º salário, sem férias remuneradas, sem todos os direitos conquistados com muito suor e sangue no último século e que eles destruíram com o golpe.
Créditos: Causa Operária
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