A patogênese da COVID-19 pode variar dependendo da estirpe de seu patógeno, o SARS-CoV-2, descobriram pesquisadores da Universidade de Zhejiang, China, que publicaram uma versão preliminar da pesquisa no site MedRxiv.
Os cientistas estudaram amostras de diferentes mutações do coronavírus de 11 pacientes aleatórios de Hangzhou, e analisaram a rapidez com que diferentes estirpes penetram em células humanas e as destroem.
Anteriormente, um geneticista da Escola de Medicina de Icahn no Monte Sinai, em Nova York, disse que a maioria dos casos de infecções com coronavírus na cidade, que se tornou o epicentro da infecção nos Estados Unidos, veio da Europa. Um grupo da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York chegou a conclusões semelhantes, relata o portal Washington Post Examiner.
Os autores do estudo da Universidade de Zhejiang argumentam que foram os primeiros a conseguir provar que uma mutação do coronavírus pode mudar a patogênese da doença. Assim, as estirpes mais agressivas do agente causador da COVID-19 podem atingir 270 vezes mais carga viral do que as estirpes mais fracas.
Como exemplo, dois pacientes de Zhejiang de carca de 30 e 50 anos de idade foram infectados com um vírus de mutação mais fraca, após o que sofreram gravemente com a COVID-19. Mais tarde ambos se recuperaram, mas o paciente mais velho teve que ser internado na unidade de terapia intensiva.
O coronavírus SARS-CoV-2, originalmente registrado na China, se espalhou praticamente por todo o mundo. De acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins (EUA), o número de infectados chegou a quase 2,5 milhões e mais de 171.000 pessoas morreram. Imagem: Reuters.
Créditos: Sputnik
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