Isso representa 6,1 mortes em domicílio por dia, mais do que o dobro da média de mortes diárias em domicílio por problemas respiratórios observada em cinco anos anteriores.
De acordo com dados do portal Datasus, do Ministério da Saúde, a média de pessoas mortas diariamente em domicílio por doenças respiratórias na cidade de São Paulo era de 2,8 entre os anos de 2014 a 2018 (último período com dados disponíveis), menos da metade do observado agora entre vítimas do novo coronavírus.
A maioria das vítimas com suspeita ou confirmação da doença eram idosas e morreram em casa, sem ter acesso à assistência médica. De acordo com os dados da secretaria, 336 (82,1%) tinham 60 anos ou mais, das quais 240 eram maiores de 75 anos, a faixa etária mais afetada.
Apesar da predominância de mortes em domicílio entre os mais velhos, foram registrados ainda 41 óbitos em residência cujas vítimas tinham idades entre 50 e 59 anos, 20 mortes entre pessoas de 40 a 49 anos, e 11 entre menores de 40 anos, incluindo duas crianças. Uma morte não teve a idade declarada.
Quanto à região da cidade, os distritos com o maior número de mortes em casa foram Cidade Ademar, na zona sul, e Pirituba, zona norte, ambos com 11 ocorrências cada. Em seguida, com dez óbitos cada, aparecem os distritos de Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú (todos na zona sul), Cangaíba (zona leste) e Vila Medeiros (zona norte).
E não é só a cidade de São Paulo que sofre com as mortes em casa. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), apenas em Manaus, de abril até o início do mês de junho, foram registrados 980 óbitos em domicílio, sendo 538 de casos confirmados de Covid-19 e 91 suspeitos. Maio foi o mês com número mais expressivo de mortes pelo novo coronavírus: 348. Fonte: CNN Brasil. Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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