Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), nos primeiros meses de 2020, o índice de desmatamento na Amazônia chegou a 307 mil hectares, 26% a mais em comparação com o mesmo período em 2019.
O número de incêndios também cresceu e atingiu o índice mais alto em 13 anos. Apenas no mês de julho, 6.803 incêndios foram registrados na Amazônia. O número representa um crescimento de 28% em relação ao último ano.
Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a organização ambiental WWF mostra que as ações humanas são responsáveis por 75% dos incêndios florestais em todo o mundo, que apresentaram um crescimento de 13% neste ano.
Intitulado “Fire, Forests and the Future: a crisis raging out of control?”, o relatório ressalta ainda que, de forma geral, as queimadas são maiores e mais intensas do que costumavam ser, o que resulta em uma maior emissão de toneladas de carbono e danos mais significativos à biodiversidade, aos ecossistemas e gera consequências na economia e nas pessoas ao ameaçar propriedades.
Os incêndios causam também graves problemas de saúde a longo prazo. De acordo com o estudo, cerca de 340 mil mortes são provocadas anualmente por problemas respiratórios e cardiovasculares atribuídos à fumaça de incêndios florestais.
O BCG afirma que é fundamental alinhar os esforços dos setores público e privado para responder às questões ligadas ao desmatamento. Uma das medidas mais eficazes é definir e implementar compromissos que tenham o objetivo de reduzir a pegada da empresa no meio ambiente.
Mas a batalha contra as mudanças climáticas é de todos. Indivíduos podem também provocar impactos significativos no meio ambiente ao tomar precauções simples para evitar incêndios e fazer escolhas de consumo mais sustentáveis, por exemplo. Ao ter mais consciência sobre pequenos e grandes impactos de escolhas no ecossistema, todos podem se tornar parte da solução. Por: Júlia Pereira. Foto: Peter J. Wilson
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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