Em um período de seis meses, especialistas observaram que, a cada quatro pacientes intubados com Covid-19 que chegam a receber alta, um morre.
Os resultados preliminares são do estudo Coalizão, conduzido por oito hospitais de excelência do Brasil e institutos de pesquisa, que avalia a qualidade de vida e os desfechos de sobreviventes de hospitalizações por Covid-19. Os participantes são pacientes internados nessas instituições. São monitorados por ligações telefônicas a cada três, seis, nove e 12 meses após a alta hospitalar.
“Trabalho em UTI, estou envolvido com vários estudos e fiquei muito surpreso com esses resultados. Mesmo nos casos mais leves, a doença não tem uma evolução tão benigna quanto pensávamos”, diz Alexandre Biasi, diretor de pesquisa do HCor (Hospital do Coração) e membro da Coalizão Covid-19 Brasil.
A rede é formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e os institutos Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet). Embora a intubação esteja associada a uma maior taxa de mortalidade e complicações na internação e após a alta, é a gravidade da doença, e não o procedimento em si, a responsável pelos desfechos ruins.
O estudo Coalizão ainda está compilando as causas das mortes e das reinternações dos sequelados pela Covid, mas os dados preliminares já servem de alerta para a importância do acompanhamento desses pacientes após a alta. O trabalho mostra que 20% dos pacientes que foram intubados ainda não tinham voltado a trabalhar seis meses após deixarem o hospital. fonte: Folha de São Paulo. Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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