O Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo) acredita que a decisão da Anvisa de não aprovar a importação da vacina russa contra COVID-19 seja uma decisão política. A RFPI também ressaltou que os "comentários técnicos" da Anvisa sobre a Sputnik V "não correspondem com a realidade"."
A decisão da Anvisa de adiar o registro da Sputnik V pode ser motivada politicamente. Isso é confirmado pelos dados do relatório do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos de 2020, que fala abertamente dos esforços do departamento de pressionar as autoridades brasileiras e forçá-las a recusar a compra da vacina russa", enfatizou o RFPI.
De acordo com o diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, Aleksandr Gintsburg, a Anvisa não solicitou visita ao local de fabricação da vacina russa, lembrando que o centro não nega isso a ninguém, mas há regras.
Na segunda-feira (26), a Anvisa decidiu não recomendar a importação excepcional e temporária da vacina russa Sputnik V. A análise dos diretores justificou o posicionamento alegando falta de dados e risco de doenças por falhas na fabricação.
A vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 foi o primeiro imunizante contra o novo coronavírus a ser registrado, ainda em agosto de 2020. De acordo com resultados de estudos clínicos publicados em fevereiro na revista médica The Lancet, a Sputnik V tem eficácia de 91,6%. Dados da inoculação de 3,8 milhões de pessoas na Rússia mostram que a eficácia da Sputnik V é de 97,6%.
Até agora o imunizante já foi aprovado em 60 países, sendo a segunda vacina mais aprovada por órgãos sanitários no mundo. Diversos países sul-americanos já aprovaram o imunizante, incluindo México, Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai. Foto: Shutterstock. Créditos: Sputnik.
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