segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Concentração da riqueza diminuiu em dez anos, mas cinco estados ainda detêm 65%


 Em um período de dez anos, de 2002 a 2011, três regiões aumentaram sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) e duas recuaram. Segundo dados divulgados hoje (22) pelo IBGE, o Centro-Oeste passou de 8,8% para 9,6%, o Norte de 4,7% para 5,4%, e o Nordeste, de 13% para 13,4%. O Sudeste ainda concentra mais da metade da riqueza produzida no país, embora tenha perdido pouco mais de um ponto: de 56,7% para 55,4%. E o Sul foi de 16,9% para 16,2%.
Em 2011, apenas oito unidades da federação representavam 77,1% do PIB brasileiro: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e Bahia. Dez anos a
ntes, essa participação era de 79,7%. O IBGE cita como fatores para essa mudança itens como novas fronteiras agrícolas, incentivos regionais, mobilidade de indústrias e “avanço das novas classes consumidoras”. Apenas cinco estados (São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e Paraná) concentravam 65,2% do PIB, ante 68% em 2002.
Os 19 estados, que em 2002 concentravam 20,3% do PIB, passaram a 26,9%. Entre estes, o instituto destaca Espírito Santo (de 1,8% para 2,4%), Pará (de 1,7% para 2,1%), Mato Grosso (de 1,4% para 1,7%) e Maranhão (de 1% para 1,3%). Segundo o IBGE, um dos destaques no caso capixaba foi o aumento do setor industrial. “A indústria extrativa foi impulsionada pela produção comercial de petróleo na camada pré-sal no litoral sul do estado. Já a indústria de transformação teve ganho de participação nas atividades de celulose e produção de papel e de fabricação de aço e derivados”.
São Paulo manteve uma liderança folgada, mas diminuiu sua participação de 34,6% para 32,6%. O segundo colocado, o Rio de Janeiro, foi de 11,6% para 11,2%, enquanto o terceiro, Minas Gerais, aumentou de 8,6% para 9,3%, o mesmo percentual de 2010 “uma vez que a indústria extrativa, que tem no minério de ferro seu principal produto, perdeu participação relativa no Brasil em função do ganho de representatividade dos estados produtores de petróleo”.
Também em 2011, o Distrito Federal e mais sete estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná) tiveram PIB per capital acima da média brasileira (R$ 21.535,65). Apenas a capital apresentou valor per capita de R$ 63.020,02, quase o dobro da de São Paulo (R$ 32.449,06). Os menores foram registrados no Maranhão (R$ 7.852,71) e no Piauí (R$ 7.835,75), 36% da média nacional.
O PIB brasileiro cresceu 2,7% em 2011.
Créditos: Rede Brasil Atual

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