Apenas quatro em cada 10 brasileiros com diabetes ou hipertensão passaram pelo exame que avalia a função dos rins. Tais pacientes fazem parte do grupo de risco para o desenvolvimento de doença renal crônica (DRC).
Os números revelam uma constatação de alerta ao sistema de saúde. A incidência de diabetes e hipertensão vem crescendo, principalmente, pelos hábitos de vida pouco saudáveis , afirma Miguel Riella, nefrologista e presidente da Fundação Pró-Renal.
Estatísticas mundiais mostram que mais de 500 milhões de pessoas têm algum grau de DRC. Estes pacientes sofrem com uma deterioração da função renal que pode durar por anos, até que a terapia para substituição do rim seja necessária.
Quando a falência dos órgãos é detectada, as pessoas não conseguem secretar eritropoietina, hormônio produzido pelos rins que estimula a fabricação de glóbulos vermelhos na medula óssea. O resultado é a anemia, diagnosticada pelo exame que mede os níveis de hemoglobina.
A anemia não é conseqüência apenas para os pacientes com estágios avançados da DRC. Ela acomete os pacientes já no início da doença e se torna cada vez mais presente, conforme a perda progressiva das funções renais. Dados apontam que 95% dos pacientes com doença renal crônica que precisam passar por diálise (procedimento que faz a filtração do sangue) apresentam um quadro de anemia crônica.
Créditos: WSCOM/Minha Vida
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