O setor de serviços teve queda de 2,3% de fevereiro para março, na maior queda da série, iniciada em 2012, segundo informou hoje (12) o IBGE, que nesta semana já havia divulgado retração nas vendas do comércio e, anteriormente, na indústria. Em relação a março do ano passado, houve retração de 5%, resultando em taxas acumuladas de 4,6% em 2017 e também de 5% em 12 meses.
Na comparação mensal, todos os segmentos tiveram queda, de acordo com o instituto. Os serviços prestados às famílias caíram 2,1%, os chamados outros serviços recuaram 1,2% e transportes, serviços auxiliares e correio (o de maior peso, 31% do total), 1,1%. Também com peso de 31%, o segmento de informação e comunicação variou negativamente 0,4%.
A receita nominal recuou 1% no mês. Em relação a março do ano passado, cresceu 1%. A taxa está acumulada em 1,1% no ano e em 0,1% em 12 meses.
No primeiro trimestre, o setor ficou estável em relação ao último período de 2016, que tinha registrado queda (-2,7%) ante o terceiro trimestre. Dessa forma, os resultados "não apresentaram recuperação", aponta o IBGE.
Entre as regiões, as principais variações positivas de fevereiro para março foram registradas em Tocantins (24,9%), Maranhão (9,9%) e Alagoas (4,1%). As maiores quedas foram observadas em Roraima (-4,2%), Rio Grande do Sul (-4,0%) e Paraná e Distrito Federal (ambas com -3,4%). Na comparação com março de 2016, Rio Grande do Norte (6,5%), Mato Grosso (5,3%) e Paraná (4,9%) tiveram crescimento, enquanto Roraima (-18,7%), Amapá (-16,5%) e Distrito Federal (-13,2%) caíram.
O resultado no mês "reverte uma tendência de crescimento que havia se verificado desde outubro", diz Roberto Saldanha, pesquisador da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ele, o resultado pode ser consequência da retração no setor industrial. No trimestre, "a gente pode afirmar que o setor de serviços não apresentou recuperação".
Créditos: Rede Brasil Atual
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