quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

100 estatais são colocadas à venda, incluindo subsidiárias da Petrobras e do BB

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou mais uma das grandes investidas do novo governo em rifar o país ao imperialismo. Mesmo antes de participar da segunda reunião ministerial, no Palácio do Planalto, afirma que há projeções para privatizar ou liquidar cerca de 100 estatais, incluindo subsidiárias do Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Petrobras, entre outras. A desculpa esfarrapada é sempre a mesma falácia demagógica de reduzir gastos e otimizar recursos.
Ainda segundo o ministro, as privatizações podem ocorrer nos próximos meses. Afirma também que o processo seguirá os critérios funcionais de desestatização. Processo este que relega à toda classe trabalhadora ainda mais precarização nos postos de trabalho, exploração e demissões de centenas de milhares, como o próprio ministro salienta:
“Obviamente, a gente está falando não só de privatizações, mas também de liquidação de empresas que não fazem mais sentido. As liquidações vão desonerar o orçamento e vai sobrando dinheiro para investir em outras prioridades.” Claro que além de descarregar a crise cada vez mais nas costas dos trabalhadores, há também nessa iniciativa a função clara de alavancar os lucros das grandes empresas, abrindo maiores espaços à iniciativa privada e a exploratória terceirização do trabalho. Estas são as prioridades à que o ministro se refere. Manter os capitalistas no topo de seus montantes de lucros pela via da exploração e precarização da vida das mulheres, negros, jovens e de toda a classe trabalhadora.
Ele afirmou que a equipe já “sabe o que fazer”. “Não há mais recurso fiscal. Para prover infraestrutura, vamos ter que contar muito com a iniciativa privada, por isso, nosso foco nas concessões, nas parcerias público-privadas”, explicou. E o que se pretende é que os ministros tragam propostas e medidas que se implementem rapidamente rumo a essa escalada desenfreada em liquidar as estatais, agradando ao mesmo tempo a iniciativa privada e o imperialismo, escancarando as portas do país para que Trump e sua corja façam a festa.
Para isso, o ministro salienta que o país precisa desenvolver bons projetos para atrair investimentos estrangeiros com estoque de capital, disse:
“A gente tem que mostrar que nossos projetos são bons, que vão dar boa taxa de retorno e estão endereçando corretamente os riscos. Há que se afastar o risco de insolvência do país, portanto, a questão fiscal e a reforma da Previdência são muito importantes”, reiterou.
Assim, já deixa o campo aberto também para os ajustes fiscais já ecoados desde a campanha eleitoral de Bolsonaro e também à brutal e abjeta reforma da Previdência, que vem para ser a cartada final, arrancando do trabalhador mais direitos conquistados através de suor, sangue e luta.
Obviamente a proposta vampiresca de privatizações se estende também às rodovias e ferrovias, e de acordo com o ministro da Infraestrutura, há planos definidos para ferrovias e setor portuário inclusive.
“Tenho que pegar todos os trechos passíveis de exploração pela iniciativa privada. Isso vai fazer com que, na área da concessão, a gente disponibilize para a iniciativa privada quase 9 mil quilômetros de rodovias”, disse.
Contra esse e todos os demais ataques é fundamental e urgente que cada trabalhador e trabalhadora, estudante , mulher , jovem , negro, LGBT e a população pobre faça ecoar em cada local de trabalho e estudo uma voz anti-imperialista! Exijamos das centrais sindicais que saiam de sua passividade e imobilidade traidora perante os ataques de Bolsonaro e que sejam de fato o aparato a organizar os trabalhadores em suas lutas. É somente com a força de nossa luta que faremos com que cada capitalista pague pela crise que incansavelmente descarregam em nossas costas. Foto: EBC.
Créditos: Esquerda Diário

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