O negacionismo e as medidas inadequadas, durante o combate à pandemia de covid-19 por parte do Brasil, resultaram em consequências mortais, de acordo com relatório do Painel Independente criado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS)
. Na avaliação internacional, o Brasil governado por Bolsonaro é citado entre os países que criaram mortes e um número elevado de contaminados, por não seguir as recomendações científicas.
Ao lado de Reino Unido e Nicarágua, o Brasil é criticado por permitir, por meio da omissão e negacionismo de seu governo, uma rápida escalada e altas taxas de mortalidade. “Os impactos sobre o direito à vida e à saúde foram exacerbados em alguns países pelo fracasso em adotar medidas de controle eficazes, através do distanciamento social, isolamento e quarentena”, aponta um dos documentos.A avaliação é conduzida por respeitadas lideranças globais para examinar a resposta do mundo à pandemia do coronavírus, além de sugerir uma reforma ampla da estrutura internacional com o objetivo de que uma nova crise sanitária assole o mundo.
Sem citar o Brasil, a presidente do processo, Helen Clark, disse que líderes nacionais “desvalorizaram e rejeitaram a ciência, negaram severidade, demoraram para responder e venderam desconfiança a seus cidadãos”. “As consequências foram mortais”, disse a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia.
O documento também indica entre os 28 países avaliados, incluindo o Brasil, os que já viveram surtos recentes e estavam mais dispostos a agir. Porém, alguns governantes se recusaram a tomar medidas. “Os países com resultados mais pobres tinham abordagens descoordenadas que desvalorizavam a ciência, negavam o impacto potencial da pandemia, atrasavam a ação abrangente e permitiam que a desconfiança minasse os esforços”, acusou.
“A negação de evidências científicas foi agravada pela falha da liderança em assumir a responsabilidade ou desenvolver estratégias coerentes destinadas a impedir a transmissão comunitária. Os líderes que pareciam céticos ou desdenhosos das evidências científicas emergentes corroíam a confiança pública, a cooperação e o cumprimento das intervenções de saúde pública”, completou. Com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL. Foto: Bruno Kelly/ Reuters. Créditos: Rede Brasil Atual
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