terça-feira, 11 de maio de 2021

UFRJ fecha unidades por falta de pagamento


O corte de verbas nas Instituições Federais de Ensino Superior afeta o funcionamento das Universidades de todo o país. Os primeiros a perder são os trabalhadores terceirizados, da limpeza, segurança, ascensoristas, que sofrem desde o início do ano com atrasos no pagamento. 

Na UFRJ, a Faculdade Nacional de Direito decidiu fechar suas portas pela situação insustentável gerada pela falta dos serviços de limpeza, e foi seguida pela Escola de Comunicação. Ambas decidirão se vão seguir fechadas ou não na semana que vem, a depender do pagamento dos terceirizados, que neste mês estão há sete dias sem receber. O Colégio de Aplicação, que teve suas aulas atrasadas no início do ano pelo mesmo problema, também decidiu parar suas atividades a partir da quarta-feira (13), exceto o terceiro ano. No Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, os técnico-administrativos decidiram paralisar suas atividades nesta segunda-feira, até que a situação se resolva.

Esta situação já havia acontecido em fevereiro, quando a UFRJ adiou por duas semanas seguidas o início do seu calendário letivo. De lá para cá, os trabalhadores terceirizados da limpeza vem sofrendo com atrasos, pagamentos parciais, descontos por dias parados. Os porteiros de vários prédios, que também são terceirizados, foram mandados embora sem renovação do contrato, e por isso os seguranças patrimoniais estão fazendo dupla ou até tripla função, de recepção até abrir as salas para ter aula. Em vários prédios, os ascensoristas também foram mandados embora.

Em um comunicado oficial, o reitor Carlos Levi afirma que estava ciente da “possibilidade de paralisação” dos serviços de limpeza e segurança, e por isso esteve em contato desde a sexta-feira com o MEC, e que a liberação da verba teria ocorrido na segunda-feira de manhã. Mas a realidade dos centros e unidades na UFRJ demonstra como está sendo tratada a educação no Brasil, os corredores estão entupidos de lixo e os banheiros estão imundos. 

A paralisação dos serviços já está acontecendo, acontece parcialmente desde fevereiro, só que o descaso e o atraso dos pagamentos dos salários chegou em um nível insustentável para estes trabalhadores. Foto: SECOM.  Créditos: Esquerda Diário

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