terça-feira, 26 de agosto de 2014

Comissão Pastoral da Terra denuncia 23 assassinatos no campo em 2014

 Desde janeiro foram registrados 23 assassinatos em conflitos no campo no Brasil, segundo o Centro de Documentação Dom Tomas Balduino, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Só neste mês, quatro lideranças morreram em Mato Grosso. 
De acordo com Paulo César Moreira, da coordenação da CPT no estado, a violência tem foco em sindicalistas e lideranças, e muitas delas denunciaram a situação para órgãos públicos, que poderiam ter evitado assassinatos. "Lideranças foram mortas um dia depois em que houve uma audiência pública com a Ouvidoria Agrária Nacional, com o Ministério Público Federal, com o Incra, órgãos competentes que deveriam atuar tanto na regularização fundiária, tanto nas questões relativas à reforma agrária como na proteção a essas pessoas ameaçadas", afirma o representante da CPT, em entrevista a RBA. 
No último dia 16, Josias Paulino de Castro, presidente da Associação de Produtores Rurais Nova União (Asprounu), e sua mulher, Ireni da Silva Castro, foram mortos, a tiros de pistolas, no município de Colniza.
Maria Lúcia do Nascimento, ex-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura de União do Sul e militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi assassinada no último dia 13, também a tiros. A militante morreu dentro do assentamento em que vivia, no município União Sul. Maria Lúcia lutava pela regularização de seu assentamento, Nova Conquista II, onde vivem 25 famílias.
Diante dessa situação, o governo estadual criou uma equipe de trabalho, liderada pela delegacia-geral da Polícia Civil, com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, para apurar os crimes. "Queremos acreditar que vai ser levado à frente, que vai ser realmente apurado", diz Paulo.
O coordenador da CPT pontua que a situação no campo está "muito complexa" e que ocupações de famílias e pequenos agricultores estão arriscadas. "Essas famílias ocupam e ao mesmo tempo tentam pressionar os órgãos para que terras da União sejam destinadas à reforma agrária", afirma. Durante protesto no último dia 12, que reuniu cerca de 1.500 sem terra em Eldorado dos Carajás, no sudeste do Pará, Maria Paciência dos Santos, de 59 anos, foi atropelada por um caminhoneiro e também morreu.
Créditos: Rede Brasil Atual

Papa estaria na mira do Estado Islâmico

O papa está na mira do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), responsável pela decapitação do jornalista americano James Foley, por ser “portador da verdade falsa”,  publicou ontem (25) o jornal italiano Tempo. No texto, o jornal afirma que “fontes israelenses acreditam que o Papa Francisco, o máximo expoente da religião cristã, está na mira do EI”. O artigo diz ainda que a Itália é “um trampolim de lançamento para os mujahedins (combatentes da guerra santa)” e que “as chegadas contínuas de imigrantes servem de base para a entrada dos jihadistas no Ocidente”.
O jornal lembra que o autoproclamado califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, “quer superar à Al Qaeda e as façanhas do ‘chefe do terror’ (Osama bin Laden)”. A publicação garante que o líder do EI, “segundo fontes israelenses, conta em seu entorno mais próximo com a presença de conversos ocidentais e de jovens de segunda geração, filhos de imigrantes nascidos em países europeus, e que agora optaram por abraçar o fundamentalismo islâmico”. O papa Francisco fez diversos pedidos pela paz no Oriente Médio em várias ocasiões e, exatamente, ontem pediu orações para que termine “a violência insensata” e para “um amanhecer de paz e reconciliação entre os homens”.(Terra).
Créditos: Focando a Notícia

Surto de ebola mata mais de 120 profissionais de saúde

info_ebolaA Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem (25)  que o número profissionais de saúde contaminados pelo vírus ebola já é sem precedentes. Ao todo, 240 profissionais ficaram doentes e mais de 120 morreram em decorrência da febre.
A morte de pessoas das equipes afeta o trabalho de combate ao vírus, pois, além de reduzir o número de pessoas, assusta os profissionais que poderiam vir a colaborar. Em Serra Leoa, na Libéria, na Guiné e na Nigéria morreram 1.427 pessoas em decorrência do vírus desde o início do ano.
Segundo a OMS, a escassez e o uso indevido de equipamentos de proteção são fatores que ocasionam a disseminação da doença entre os profissionais de saúde. Outra causa da disseminação é o baixo número de profissionais para o tamanho da epidemia, que faz com que os que estão atuando trabalhem mais do que o recomendado, podendo ocasionar falhas na proteção.
De acordo com a organização, o surto atual é diferente, pois se disseminou por capitais e por áreas rurais remotas. Como os sintomas iniciais da doença podem ser confundidos com malária e febre tifoide, pacientes com ebola podem ter contato com médicos desprevenidos.
A OMS estima que, nos três países mais atingidos, apenas um ou dois médicos estão disponíveis para tratar 100 mil pessoas e estes profissionais estão fortemente concentrados em áreas urbanas.
Créditos: Agencia Brasil

EUA preparam opções militares contra Estado Islâmico na Síria

Os Estados Unidos preparam opções militares para pressionar o Estado Islâmico na Síria, informou o Exército dos EUA nesta segunda-feira, mas autoridades afirmaram que ainda nenhuma decisão foi tomada para expandir as ações dos EUA além dos bombardeios aéreos que já estão sendo feitos no Iraque.
O presidente norte-americano, Barack Obama, tem limitado a campanha militar no Iraque, focando na proteção de diplomatas e civis norte-americanos ameaçados. Ainda assim, autoridades não descartam uma escalada das ações militares contra o Estado Islâmico, que aumentou suas ameaças abertas aos EUA.
O chefe do Estado-Maior conjunto, general Martin Dempsey, disse na semana passada que o Estado Islâmico precisa ser abordado de "ambos os lados do que, agora, representa uma fronteira não existente" entre a Síria e o Iraque. O porta-voz de Dempsey confirmou nesta segunda-feira que as opções contra o Estado Islâmico estavam sendo revisadas e ressaltou a necessidade de formar "uma coalizão de parceiros capazes, regionais e europeus".
"Juntamente com o Comando Central, (D
empsey) está preparando opções para abordar o Isis tanto no Iraque quanto na Síria, com uma variedade de ferramentas militares, incluindo ataques aéreos", disse o coronel Ed Thomas. "O importante é que as nossas forças estão inclinadas a uma parceria com aliados regionais contra o Isis." O Estado Islâmico era conhecido anteriormente como Isis.
Dois outros oficiais norte-americanos reconheceram a preparação de opções de ataque contra o Estado Islâmico na Síria e um deles disse que o planejamento já estava sendo feito há algumas semanas. Ainda assim, nenhum deles sugeriu que a iniciativa militar dos EUA seria iminente. Foto: EBC
Créditos: Reuters

Que crise é essa, com pleno emprego? diz Mantega

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite de ontem (25) que é “inadequado” falar que a economia brasileira passa por uma crise ou mesmo está estagnada. “Que crise é essa com quase pleno emprego, com valorização da Bolsa [de Valores] há mais de seis meses e com estabilização cambial, entre outros atributos?”, enfatizou ao discursar em uma premiação a empresários promovida pelo jornal Valor Econômico, na capital paulista.
De acordo com o ministro, já existem indícios de que a economia voltará a crescer na segunda metade do ano. “Após a desaceleração do segundo trimestre, já está sendo detectada neste segundo semestre a recuperação do nível de atividade. Nestas circunstâncias, podemos falar em crescimento moderado”, avaliou. “É inadequado falar em estagnação, em recessão e, muito menos, em crise da economia brasileira”.
A recuperação foi possível, segundo Mantega, após a desaceleração da inflação que permitiu que o Banco Central afrouxasse a política monetária. “Com a inflação em queda livre e o IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] tendo chegado a praticamente zero em julho, iniciou-se a descompressão da política monetária”. O IPCA de julho foi 0,01%.
Os aumentos da taxa básica de juros e outras medidas tomadas pela autoridade monetária foram, de acordo com Mantega, necessários para combater a alta dos preços, impulsionada pela estiagem de 2013. “A política monetária foi um sucesso como instrumento para combater a pressão inflacionária, mas resultou na queda vertiginosa no crédito às empresas e aos consumidores”, ressaltou.
Apesar da queda no crescimento, Mantega acredita que o país teve um bom desempenho e superou o momento adverso causado, principalmente, pela turbulência no cenário internacional. “Não se pode negligenciar o fato de que vivenciando uma crise internacional tão grave quanto a de 1929 e o Brasil tenha se saído tão bem em comparação com as crises do passado”, analisou.
“Apostamos na queda dos juros, na redução de tributos, mantivemos o câmbio flutuante evitando o excesso de valorização do Real”, citou sobre as medidas tomadas para combater os efeitos da crise. Mesmo assim, Mantega ressaltou que o governo não abriu mão do sistema de metas de inflação e da sustentabilidade macroeconômica. “Temos cumprido à risca as metas de inflação, pois não ultrapassamos o limite superior da meta nenhuma vez nos últimos dez anos”, enfatizou.
O discurso do ministro foi uma resposta a críticas que as decisões tomadas pelo governo na área da economia vem recebendo de jornalistas, economistas e analistas econômicos e de mercado.
Créditos: Brasil 247

Dilma defende consulta popular sobre reforma política

:  A candidata à reeleição à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) defendeu ontem (25) a realização de uma consulta popular para tratar da reforma política, que inclui temas como o financiamento público de campanha e maior moralidade nos processos eleitorais e de governo. “É oportuno que se faça isso [a reforma política] para ter mais transparência e mais ética nas relações político-eleitorais e também uma discussão muito clara sobre a questão do financiamento público de campanha”, disse a candidata, durante entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada.
Dilma abordou o tema após ter recebido dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Palácio do Planalto, antes de conceder a entrevista. Os dois conversaram sobre um projeto de lei de iniciativa popular sobre a reforma política escrito pela CNBB, a Ordem dos Advogados do Brasil e várias outras entidades.
“Acredito que o que nós temos que fazer é mobilizar toda a sociedade para que apresente suas propostas e submeter depois isso [as propostas] a uma forma de organizá-las e discutir ou em um processo de plebiscito, mas certamente com consulta popular, porque senão ninguém terá força para aprovar uma reforma política”, completou.
Dom Raymundo disse que, de 1º a 7 de setembro, a CNBB vai intensificar a coleta de assinaturas para o projeto e para uma proposta de uma Constituinte Exclusiva do Sistema Político. O objetivo é recolher 1,5 milhão de assinaturas em todo o Brasil para que o projeto possa tramitar no Congresso Nacional. A CNBB promove, no próximo dia 16, um debate com os candidatos à Presidência em Aparecida (SP). O arcebispo disse que também já se reuniu com os candidatos Aécio Neves (PT) e com Marina Silva (PSB).
Créditos: Agencia Brasil

São Paulo vive pior seca em 70 anos

 Não é apenas a capital paulista que vive a maior crise no abastecimento de água da sua história. O rico interior do estado de São Paulo enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos. Não chove desde o final do ano passado. O Rio Tietê baixou em até oito metros na região de Araçatuba, a 467 quilômetros de São Paulo, interrompendo há dois meses o tráfego de barcaças na Hidrovia Tietê/Paraná, uma das maiores do país, já que há lugares onde o rio está no nível zero. Com isso, não será possível escoar parte das seis milhões de toneladas de grão transportadas por ali anualmente. 
A situação impede a navegação até de barcos de pescadores, agravando a crise social. Já foram demitidas três mil pessoas que trabalhavam na hidrovia na região entre Araçatuba e Barra Bonita, com 42 municípios. 
A disputa pela água atinge proporções alarmantes, pois as seis hidrelétricas na região dão prioridade ao uso da água para a produção de energia elétrica e, assim, evitar um apagão. A agricultura também sofre e as destilarias de açúcar e álcool, com quebra na safra em até 25%, já dispensaram mil trabalhadores. E, para piorar, só há previsão de chuva para outubro ou novembro. 

Essa bacia hidrográfica atinge 223 municípios, onde moram 27 milhões de pessoas que dependem da água do Tietê para viver. O nível do rio, porém, está baixo, sobretudo porque 65 de seus afluentes estão secos ou com um fio de água, segundo levantamento de Luiz Otávio Manfré, do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), do governo de São Paulo. Foto: Marcos Alves/O Globo.
Créditos: O Globo