terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Trabalhador brasileiro já ganha menos do que um chinês, aponta estudo

O salário médio pago pela indústria chinesa já supera os valores pagos aos trabalhadores de países como Brasil e México e está se aproximando rapidamente aos recebidos em Grécia e Portugal. Esse avanço é resultado de uma década de forte crescimento, em que os salários chineses triplicaram.
Considerando todo o mercado de trabalho chinês, o salário por hora já supera o pago em todos os países da América Latina, com exceção do Chile, e representa cerca de 70% do pago nas economias mais fracas da zona do euro, segundo a consultoria Euromonitor International. Os dados mostram o progresso que a China fez para melhorar os padrões de vida de sua população de 1,4 bilhão de pessoas.
Créditos: Folha de S Pauulo

Vacina cubana contra HIV apresenta resultados positivos em humanos

Uma vacina desenvolvida em Cuba com o objetivo de reduzir a carga viral de portadores do HIV e que se encontra em fase de testes clínicos na ilha caribenha tem demonstrado eficácia, afirmou Yayri Caridad Prieto Correa, uma das responsáveis pelo estudo. A vacina Teravac-VIH tem potencializando a resposta imunológica dos nove pacientes que a tomaram e que estão sendo acompanhados pelos pesquisadores cubanos. 

A pesquisadora do CIGB (sigla em espanhol para Centro de Engenharia e Biotecnologia) de Havana apresentou os resultados preliminares dos testes com humanos durante o primeiro congresso BioProcess Cuba 2017, realizado em na cidade cubana de Camaguey na última semana.

Segundo Correa, os nove pacientes soropositivos que tomaram a vacina não apresentaram efeitos adversos nem de toxicidade, o que era o principal objetivo desta fase de testes, que certifica a segurança do medicamento. Assim como nos estudos pré-clínicos em animais, o teste com humanos demonstrou que a vacina potencializa a resposta imunológica do organismo infectado por HIV, vírus causador da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).

A pesquisadora, porém, alertou para que não se criem falsas expectativas sobre a vacina, que ainda deve passar por testes com mais pessoas soropositivas para se estabelecer sua eficácia em larga escala, o que deve levar mais alguns anos. A atual fase de testes, por exemplo, foi anunciada em março de 2012.

Correa também ressaltou que a vacina não sana a infecção por HIV, mas diminui a taxa de vírus no sangue, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas soropositivas. Ela afirmou que a busca de vacinas contra o vírus segue sendo uma das prioridades das instituições médicas e científicas cubanas, mas que a prevenção segue sendo o principal método para evitar o contágio.

O objetivo dos especialistas cubanos é substituir a atual terapia contra o HIV, que consiste na combinação de vários inibidores retrovirais que bloqueiam a expansão do vírus. Embora tal terapia se mostre majoritariamente eficiente, em alguns casos pode causar danos colaterais aos pacientes.

A vacina Teravac-HIV é administrada simultaneamente por via mucosa, por spray e administração intramuscular. Ela foi desenvolvida a partir de uma "proteína recombinante" – através de técnicas de engenharia genética – e busca induzir uma resposta celular contra o vírus. Segundo os resultados preliminares, a vacina diminuiu a carga viral nos linfócitos T citotóxicos (CD8) dos pacientes.

Segundo o portal Infomed, da rede de saúde de Cuba, o primeiro caso de HIV foi diagnosticado na ilha há 31 anos. Em 2015, o país se tornou o primeiro no mundo a erradicar a transmissão do HIV de mãe para filhocomo afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde). A transmissão sexual é a forma predominante de infecção por HIV em Cuba, responsável por mais de 99% dos casos. Com informações de CubaDebate.
Créditos: Opera Mundi

CPI da Previdência já tem assinaturas suficientes para ser instalada

Um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a real situação da Previdência Social no país já conta com 29 assinaturas – duas mais que o mínimo necessário –, coletadas pelo mandato do senador Paulo Paim (PT)-RS). "O governo diz que a Previdência é deficitária, mas nós dizemos que é superavitária. Queremos, então, tirar a prova e saber quem são os maiores devedores, além de entender como é a história das fraudes, sonegações e anistias", argumenta Paim,
O senador informou que fará o pedido formal de instalação da CPI da Previdência ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), nos próximos dias.O pedido recebeu assinaturas até mesmo de senadores do PMDB, partido do presidente Michel Temer, e de outros partidos governistas. Com a adesão de membros da base aliada, o debate em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que trata da Reforma da Previdência, deve se intensificar entre governo e oposição, logo após o Carnaval.
"Nós começamos no Senado colher assinaturas para uma CPI da Previdência Social com uma palavra de ordem: parem essa bomba de reforma e vamos ver quem está com a razão", disse Paim. Ele considera a CPI fundamental para ver quem está roubando a previdência de todos os brasileiros. Entidades ligadas à auditoria fiscal apontam R$ 400 bilhões em dívidas que precisam ser cobradas dos empresários. "Se pegarmos os grandes devedores, aí se comprovará, mais uma vez, que não há déficit na Previdência, mas superávit. Esse discurso falso do governo golpista não se sustenta", afirmou o senador, em reportagem da Agência PT no Senado.
Ao jornal Dia, Paim afirmou que tem sofrido pressão por parte do governo para que não dê seguimento à criação da CPI. "O governo está fazendo terrorismo, inclusive ameaçando senadores para que eles retirem o nome, mas quem não deve não teme. Quem tem medo de uma investigação?", questionou.
Se instalada, a comissão terá 120 dias para convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas que julgue necessárias para as investigações sobre a real situação da Previdência.
A PEC 287, que trata da reforma da Previdência, altera regras para que o trabalhador acesse benefícios previdenciários, como estabelecer idade mínima de 65 anos para homens e para mulheres darem entrada no pedido de aposentadoria junto ao INSS, além de impor mecanismos diferentes de cálculo e o fim da cumulatividade de pensão com aposentadoria, entre outros pontos. A medida tem recebido fortes críticas de parlamentares da oposição e até membros da base aliada de Michel Temer, que se queixam do caráter austero da proposta.Foto: EBC.
Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Entidade contesta déficit da Previdência

Deputados que integram a Comissão Especial da Reforma da Previdência foram ao Palácio do Planalto para reclamarem de estudos realizados pela a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), que contestam o argumento utilizado pelo governo federal sobre a suposta necessidade de uma reforma da Previdência. As informações são da revista Época desta semana.

A Anfip contesta, por exemplo, a ideia utilizada pelo Planalto de que a Previdência seria deficitária. Segundo a entidade, que leva em consideração a arrecadação da Seguridade Social (que inclui Saúde, Assistência e Previdência), houve um superávit de R$ 24 bilhões em 2015, ante o déficit de R$ 85 bilhões que os economistas do governo apontam. 

A comparação com os anos anteriores mostra que, em função do aumento do desemprego, que diminui a arrecadação, esse saldo positivo foi bem menor do que os R$ 53,9 bilhões que sobraram em 2014 e os R$ 76,2 bilhões de 2013, quando já se falava em déficit.

Os deputados Carlos Marun (PMDB-MS) e Júlio Lopes (PP-RJ) querem que a Advocacia-Geral da União (AGU) acione a Justiça para que a Anfip pare de divulgar tais informações. Eles alegam que a “contrainformação” dificulta a tramitação do projeto no Congresso. O ataque às informações divulgadas pela Anfip vem justamente no momento em que o governo percebe que está tendo um forte desgaste político com a reforma.

Segundo uma coluna do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (23), movimentos que apoiaram o impeachment e têm simpatia pelas medidas econômicas de Temer alertaram o governo sobre a impopularidade da reforma da Previdência, que estaria “sendo massacrada mesmo entre aqueles que tenderiam a dar suporte aos ajustes”, disse o texto do jornal. Esses movimentos disseram que nunca receberam tantas críticas de seus próprios simpatizantes, que chegaram a chamar a proposta de "ato de crueldade".

No começo dessa semana, a Anfip junto ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da Plataforma Política Social e professores da UNICAMP lançaram o estudo Previdência: Reformar para Excluir?, organizado por um grupo de quase 50 especialistas sobre a proposta da reforma da previdência e as falácias propagadas pelos defensores da proposta. Acesse versão digital neste link aqui
Créditos: Brasil de Fato

Relator no TSE vai pedir a cassação de Temer

247 - A sobrevivência política de Michel Temer, que é hoje a figura mais rejeitada do País e já teve oito ministros abatidos por escândalos de corrupção, hoje depende exclusivamente do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Isso porque se ele decidir colocar em pauta a ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, ele será cassado.
Segundo o colunista Lauro Jardim, o ministro Hermann Benjamin, relator do caso, já preparou seu voto, que será duríssimo. Benjamin considera "um descalabro" a divisão da chapa Dilma-Temer – e lembra que não é essa a jurisprudência da corte.
O grito de "Fora, Temer" foi o elemento unificador do carnaval ao redor do País, seja em Salvador, no Rio de Janeiro ou nos blocos de cidades como São Paulo e Belo Horizonte.Depois do Carnaval, Temer se tornará ainda mais frágil com a revelação das delações da Odebrecht.
Créditos: WSCOM

Empresas do Nordeste encontram dificuldades na contratação de executivos

Resultado de imagem para executivo
Muitas empresas da região Nordeste têm enfrentado dificuldades para contratar executivos com especialidades técnicas e comportamentais. É o que aponta pesquisa do PageGroup, maior conglomerado de consultoria de recrutamento e seleção do mundo, detentor das marcas Page Executive, Michael Page, Page Personnel e Page Interim. 
A segunda edição do estudo “Desafios de Contratação no Nordeste do Brasil” contou com a participação de 500 executivos de 17 setores da economia em 26 cidades. O levantamento foi produzido em setembro e outubro de 2016 com o objetivo de apresentar o atual cenário das empresas localizadas no Nordeste do Brasil e mostrar como essas companhias estão lidando com atração e retenção de profissionais. 
“As habilidades comportamentais são pontos fundamentais na hora da retenção de profissionais, na maior parte dos casos, o executivo é contratado por sua excelência técnica e boa experiência, mas é desligado por não apresentar equilíbrio emocional, capacidade de convivência em momento de pressão por resultados e aderência à cultura organizacional”, explica Roberto Picino, diretor-executivo da Michael Page, empresa de recrutamento especializado do PageGroup, líder do escritório de Recife-PE.
De acordo com a opinião dos executivos consultados, 55% dos profissionais têm dificuldades de trabalhar sob pressão, 39% não conseguem se adaptar ao trabalho em equipe e falta profissionalismo para 37%. Outras características marcantes no estudo são: idioma (25%), boa formação (25%), honestidade (23%) e flexibilidade (22%). 
Engenharia e comercial são as áreas com maior dificuldade de contração no Nordeste
O levantamento da Michael Page, que completa seis anos de atuação no Nordeste, também constatou que 51% dos participantes afirmaram ter dificuldade para buscar profissionais nas cidades em que estão alocadas. As áreas com mais dificuldades de contratação são Comercial (37%), Engenharia (31%), Finanças e Logística (17%), e TI (16%).  
“As empresas do Nordeste deparam-se ainda com a existência de um obstáculo bastante comum na região: o desejo dos profissionais diferenciados em trabalhar dentro de organizações alocadas em grandes metrópoles do Sudeste, o que dificulta na atração e/ou desenvolver a carreira destes profissionais dentro de casa”, explica Picino. 
Causas para a recusa de vagas no Nordeste
O estudo identificou alguns motivos que levam profissionais dos grandes centros recusarem vagas no Nordeste: a distância dos familiares (46%), remuneração não alinhada com as outras regiões (31%) e baixas chances de crescimento (26%). “Apesar disso, uma das grandes vantagens do Nordeste é que a real perspectiva de carreira pode ser mais clara e até promissora do que em outras regiões do país”, afirmou o executivo da Michael Page. 
Desafios, plano de carreira e flexibilidade são as apostas das empresas para atrair talentos  
A maioria das empresas da região não possui uma estratégia para se destacar das concorrentes em retenção e atração de talentos. As empresas do Nordeste estão se aprimorando no conceito de EVP (Employment Value Proposition) que se traduz por proposta de valor pela oferta de trabalho. 
Conclusão e ideias para a região
O levantamento constatou que as empresas do Nordeste possuem praticamente as mesmas dificuldades e as mesmas opiniões de empresas localizadas em outras regiões do país. 
Os Estados com maior taxa de respostas na pesquisa foram Bahia, Ceará e Pernambuco. 67% dos respondentes ocupam cargos de gerência, 20% de gerência executiva, 13% são diretores e 1% são vice-presidentes ou presidentes. 
“Vale destacar que 29% das empresas do Nordeste preferem contratar profissionais de outras regiões, como o Sudeste”, conclui Picino. Foto: Google
Créditos: Paraíba Total

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Com reforma da Previdência, valor de aposentadoria por invalidez e deficiência cai

Aos poucos, com as audiências públicas realizadas na comissão especial, os deputados que analisam a proposta de reforma da Previdência passam a ter contato com mudanças mais específicas, mas de grande impacto para alguns grupos. É o caso das aposentadorias por invalidez que, com a reforma, passarão a ser chamadas de aposentadorias por incapacidade permanente. 
São aqueles segurados que ficaram incapacitados durante a vida laboral. Outra situação é a aposentadoria das pessoas com deficiência, ou seja, pessoas que desde sempre trabalharam sob essa condição. Essa aposentadoria é relativamente nova, foi regulamentada em 2013.
Para as aposentadorias por incapacidade, o governo propôs garantir benefício integral apenas para os trabalhadores que ficaram incapacitados durante a atividade laboral. Os demais cairiam na fórmula geral da reforma que garante 51% da média de salários mais 1 ponto por ano de contribuição. A regra já é diferenciada para servidores públicos.
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou a mudança: "Quer dizer agora que a aposentadoria por incapacidade permanente, os 100% são um prêmio para quem se acidentou no trabalho? Olha, se você não pode trabalhar porque sofreu isso no trabalho, nós te damos 100%. Agora se você é um desgraçado que perdeu a capacidade de trabalhar por um acidente de trânsito ou por uma bala achada, lamento muito. Azar seu. Tomara que você tenha contribuído muito tempo. Qual é o fundamento disso?".
Coordenador-geral de Serviços Previdenciários e Assistenciais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Josierton Bezerra afirmou que as incapacitações fora do ambiente do trabalho são 95% do total. Na avaliação do servidor público, isso justificaria a mudança proposta. "Eu demonstro que esse benefício, aposentadoria por invalidez, ele é operacionalizado no INSS”, explica Josierton.
“Quando a gente associa a invalidez sem ter relação nenhuma com o trabalho, estes últimos anos trazem uma média de 185 mil benefícios (por ano). Enquanto os benefícios relacionados ao trabalho, eles estão aí na casa de 9 mil a 9.500 nos últimos anos", acrescenta.
O assessor especial da Casa Civil, Bruno Bianco, disse que estas aposentadorias representam 11,3% da despesa do regime geral da Previdência. Ele disse ainda que comparações internacionais mostram que, no Brasil, o percentual do salário da ativa que corresponde ao benefício é elevado. Além disso, outros países também fariam a diferenciação entre aposentadorias decorrentes de acidentes de trabalho e as relacionadas a outros tipos de acidentes.
A reforma da Previdência eleva de 15 para 20 anos o tempo de contribuição mínimo para a aposentadoria por idade das pessoas com deficiência. Segundo Izabel Maior, do Movimento das Pessoas com Deficiência, hoje, com 15 anos de contribuição, este segurado leva 85% da média salarial. Com a reforma, passaria a levar 71%, contribuindo mais. Fonte: Agência Câmara.
Créditos: TBH1

Pacote do governo para o agronegócio preocupa agroecologia

BB vai excluir pequeno produtor.jpg
A Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) manifestou preocupação com o projeto do Banco do Brasil de facilitar ainda mais a concessão de crédito aos grandes produtores rurais. Na última quinta-feira, já às vésperas do carnaval, diretores do setor de agronegócio do banco se reuniram com o presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Argileu Martins da Silva, para discutir a criação de correspondentes bancários nessas entidades. De acordo com a Asbraer, o objetivo é facilitar o crédito rural e serviços para os produtores de médio porte, além de padronizar a concessão de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
"Embora a notícia pareça rala, o fato de ser divulgada perto do carnaval justamente para dificultar esclarecimentos sugere motivos para preocupação", afirma o coordenador do grupo de trabalho sobre agrotóxicos e transgênicos da Associação Brasileira de Agroecologia, o agrônomo Leonardo Melgarejo. "Há fortes indícios de que está em curso mais uma medida do governo federal para beneficiar o agronegócio em detrimento do pequeno produtor."
Na avaliação do coordenador, o projeto é uma "roupagem nova" para programas já existentes. "É mais um pacote de maldades, como o pacote do veneno e tantos outros para a agricultura". 
Melgarejo teme que novos pacotes venham a ser estimulados por meio desse canal de crédito, operado pelo Banco do Brasil, que está sendo criado. "Tudo indica que poderemos estar voltando à estratégia difusionista usada durante a revolução verde, que provocou tantos danos sócio-ambientais. E uma Emater, no caso do Distrito Federal, não deveria poder 'falar' por todas as demais. Alem disso, qual o papel dos agricultores e suas organizações nesta construção? Foram ouvidos e não tem nada a dizer? Ou aceitam o papel de receptáculos passivos?", questiona.
A medida em discussão, segundo ele, afronta o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planaplo), em vigor desde 2013 e o Programa Nacional para Redução de Agrotóxicos (Pronara), previsto no Planaplo, que até agora não foi implementado. "No âmbito dessas políticas, as Ematers trabalhariam para a expansão da agroecologia, e não a serviço do estímulo à aplicação de pacotes dependentes de insumos industriais turbinados com o dinheiro público. Nada disso vale mais?"
De acordo com a associação nacional das Ematers, um modelo de minuta usado em operações de crédito rural será aperfeiçoado e adequado à parceria. A entidade destacou ainda que a parceria vai qualificar modelos de empréstimos porque o agricultor "passará a acessar o crédito rural dentro do escritório da Emater do seu município". E que o agricultor "vai receber orientações antes de tomar decisões sobre o sistema de produção a ser utilizado”.
Outra vantagem, segundo o presidente da Asbraer, Argileu Martins da Silva, é que "o crédito, por estar sendo operacionalizado por meio de um escritório de extensão rural, será automaticamente acompanhado pelo extensionista". Isso faz toda a diferença, segundo ele, porque atualmente o técnico não tem controle e nem sabe qual produtor está acessando crédito e não pode opinar sobre o que é melhor. Com esta oportunidade será possível ajuda-lo a maximizar seu crédito de acordo com sua produção”.
As Emateres, ao assumir a função de correspondente bancário, serão remuneradas pelo serviço prestado, além de receber remuneração pela adimplência do empréstimo, dentro do percentual da carteira de crédito que ela estiver trabalhando.
Créditos: RBA

Taxa de desocupação sobe e país soma quase 13 milhões de desempregados

A taxa de desocupados continua em alta e fechou o trimestre encerrado em janeiro em 12,6%, um crescimento de 0,8 ponto percentual em relação ao período de agosto a outubro do ano passado, quando estava em 11,8%. Com a alta do último trimestre, o país passou a contabilizar 12,9 milhões de desempregados.
Os dados, divulgados nesta sexta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012 e também o maior número de desempregados da história. Edição: Radioagência Nacional.
Créditos: Brasil de Fato

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Temer leva o Brasil à pior taxa de desemprego da história

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ), o Brasil alcançou a taxa de 12,6% de desemprego no trimestre encerrado em janeiro. Esta é a pior de toda a série histórica, que teve início em janeiro de 2014. A taxa aumentou em relação ao mesmo trimestre de 2015, quando chegou a 9,5%, e frente ao trimestre de agosto a outubro (11,8%).
De novembro do ano passado a janeiro deste ano, a população desocupada chegou a 12,9 milhões de pessoas. O número é 7,3% maior do que o registrado no trimestre de agosto a outubro de 2016. Diante do período de novembro a janeiro do ano passado, o aumento foi ainda maior, de 34,3%. 
Já a população ocupada ficou em 89,9 milhões de pessoas – quantidade praticamente igual à registrada no trimestre de agosto a outubro. No entanto, na comparação com o trimestre de novembro a janeiro, o contingente recuou 1,9%.
Do total de trabalhadores empregados, 33,9 milhões estavam no setor privado e tinham carteira de trabalho assinada – quase o mesmo número em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2016. Na comparação com igual trimestre do ano anterior, a quantidade caiu 3,7%.
No entanto, ainda havia 10,4 milhões de pessoas empregadas no setor privado, mas sem carteira de trabalho assinada. O número cresceu 6,4% quando comparado com o contingente de um ano atrás.
Em meio ao aumento do desemprego, outra categoria que registrou um aumento foi a de trabalhadores por conta própria (22,2 milhões de pessoas). Em relação ao trimestre anterior, o avanço no número foi de 2,1% e sobre um ano atrás, de 3,9%.
Créditos

Taxa de desemprego sobe em todas as áreas da região metropolitana de SP

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu para 17,1% em janeiro, ante 14% em igual mês de 2016, segundo a pesquisa mensal da Fundação Seade e do Dieese. O número de desempregados foi estimado em 1,883 milhão, acréscimo de 88 mil em relação a dezembro (aumento de 4,9%) e de 334 mil em 12 meses, crescimento de 21,6%. Essa alta não foi maior porque houve saída de pessoas da população economicamente ativa: de dezembro para janeiro, 65 mil deixaram a PEA (-6%), enquanto o mercado cortou 153 mil postos de trabalho (-1,6%) – sendo 54 mil com carteira assinada –, resultando nos 88 mil desempregados a mais.
De acordo com o Seade e o Dieese, houve aumento da taxa de desemprego em todas as áreas pesquisadas na região metropolitana. Na capital paulista, por exemplo, o índice passou de 15,3%, em dezembro para 16%. Foi de 15,5% para 17% na chamada sub-região Sudeste, que compreende o Grande ABC. Nas outras, cresceu de 16,7% para 17,9% na Oeste (Osasco, Barueri e outros municípios) e de 19,6% para 20,9% na Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes e outros).
Serviços, indústria de transformação e construção civil eliminaram vagas em janeiro: menos 82 mil (-1,5%), 49 mil (-3,6%) e 29 mil (-4,7%), respectivamente. Apenas o segmento de comércio/reparação de veículos ficou praticamente estável (-0,1%). Na comparação com janeiro do ano passado, todos os setores reduzem o número de postos de trabalho. A indústria fecha 179 mil (-12,1%) e os serviços, 135 mil (-2,4%). São menos 73 mil empregos na construção (-11%) e menos 15 mil no comércio (-0,9%).
A pesquisa sempre mostrando redução do emprego formal. Apenas em janeiro, foram cortados 54 mil empregos com carteira (-1,1%). Em 12 meses, 378 mil (-7,2%). O único setor da ocupação com crescimento em relação a janeiro de 2016 é o dos empregados domésticos, com mais 48 mil vagas (7,9%).
Estimado em R$ 2.023, o rendimento médio dos ocupados subiu 0,9% de novembro para dezembro – nesse item, a pesquisa sempre considera o mês anterior. Ante dezembro de 2015, cai 3,9%, com recuo de 6,6% na massa de rendimentos.
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Previdência pode deixar de ser política pública

A "reforma" apresentada pelo governo faz com que a Previdência deixe de ser uma política pública para se tornar uma "conta", observa a economista Patrícia Pelatieri, coordenadora de Pesquisas e Tecnologia do Dieese. Ela observa que uma das primeiras providências da gestão Temer foi extinguir o Ministério da Previdência e torná-lo uma secretaria do Ministério da Fazenda. 
Essa secretaria é ocupada pelo economista Marcelo Caetano, que acaba de ser objeto de denúncia da central sindical Pública, que acionou a Comissão de Ética Pública da Presidência da República. 
O secretário, responsável por comandar a "reforma" da Previdência, é um dos oito integrantes do Conselho de Administração da Brasilprev, do setor privado. Um "claro conflito de interesses", afirma a central.
Segundo apresentação de Patrícia na abertura da 13ª Jornada de Debates do Dieese, que teve a presença de representantes de nove centrais sindicais, da OAB e da senadora Gleisi Hoffmann, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que ela chama de "desmonte", retarda ou impede o acesso a aposentadoria, reduz "substancialmente" os valores dos benefícios e atinge atuais e futuros contribuintes. "Estamos falando das gerações futuras", diz a economista, que considera "muito severa e excludente" a regra de transição proposta pelo governo.
Ainda de acordo com a coordenadora do Dieese, a "reforma" desvincula o salário mínimo de pensões, propõe progressão da idade mínima e contém estímulos "sutis e explícitos" à previdência privada. Técnicos do instituto estão finalizando análise que já aponta crescimento acima da média, no segundo semestre de 2016, de planos privados. 
Ajuste
As mudanças pretendidas pelo governo fazem parte da política de "ajuste fiscal" apresentada pelo atual governo. "Essa PEC 287 é, na verdade, um complemento da emenda aprovada de limite de gastos", observa a economista, referindo-se à Emenda Constitucional 95, que congela gastos públicos por 20 anos. Ela observa que essa mudança legal desconsiderou as despesas com juros, que em 2015 consumiram mais de R$ 500 bilhões, acima das despesas com benefícios previdenciários. 
Ela também contesta afirmação recorrente do governo sobre receitas e despesas previdenciárias, lembrando do artigo 195 da Constituição, que fala em financiamento do sistema por toda a sociedade. "Em nenhum momento foi dito que a Previdência Social deveria ser bancada apenas por suas contribuições."
Entre essas fontes de receita, cita, estão folha de pagamento, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), loterias e importações de bens e serviços. Considerando todos esses itens, o sistema mostra-se superavitário, ainda que o resultado tenha diminuído nos últimos anos. Mas Patrícia observa que isso se deve à crise e ao aumento do desemprego. Atualmente, há em torno de 25 milhões de trabalhadores sem contribuir e sem cobertura. De 2008 a 2013, por exemplo, a receita aumentou justamente pela inclusão, pelo crescimento do emprego formal.
A economista também refuta comparações internacionais, ao afirmar que a relação entre Previdência e PIB chega a 14% em países desenvolvidos, enquanto no Brasil é de 7%. E também não vê sentido em afirmar que a Previdência é "generosa", na medida em que dois terços dos benefícios têm valor igual ou menor que o salário mínimo.
Pela proposta do governo, o valor da aposentadoria passa a ser calculado com base em 51% do salário de benefício, ante os atuais 70%, mais um ponto percentual por ano de contribuição. São duas reduções, observa Patrícia: no cálculo da média e na redução para 51%. Hoje, para fixar o valor da aposentadoria, é considerada a média de 80% maiores salários de contribuição, descartando 20% – que deixariam de ser descartados. Por: Vitor Nuzzi, na RBA.
Créditos: CUT

Falta trabalho no país para 24 milhões de pessoas

Além dos 12,3 milhões de pessoas consideradas desempregadas no Brasil, há outras 12 milhões que gostariam de estar trabalhando ou têm jornada considerada insuficiente, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (23) pelo IBGE. A chamada taxa de subocupação, que agrega esses dois grupos, atingiu 22,2% no último trimestre de 2016, ante 17,3% em igual período do ano anterior. São 5,8 milhões de pessoas a mais nessa condição.
Os dados do instituto mostram também que o tempo de busca por emprego tem aumentado. "Está mais difícil encontrar trabalho", diz o coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo. Para metade das pessoas, o tempo de duração de procura varia de um mês a um ano, mas a parcela que mais cresce é a dos que procuram há mais de um ano ou mais de dois anos – nesse segundo caso, é um contingene superior a 2 milhões de desempregados. 
A taxa média de desemprego no país foi estimada em 12% ao final do quarto trimestre do ano passado, estável frente ao terceiro (11,8%) e maior que no final de 2015 (9%). Entre as regiões, as taxas ficam acima da média no Nordeste (14,4%), no Norte (12,7%) e no Sudeste (12,3%). E abaixo no Centro-Oeste (10,9%) e no Sul (7,7%). 
Se o recorte for pelo número de desempregados, o país "ganhou" 3,269 milhões em um ano, para um total de 12,342 milhões, crescimento de 36%. Na região Centro-Oeste, essa alta chegou a 52,7%, com acréscimo de 309 mil. No Norte, aumentou 48,8%, com mais 333 mil desempregados. Na região mais populosa, o Sudeste, esse aumento foi de 31,8%: acréscimo de 1,364 milhão, totalizando 5,654 milhões. 
O IBGE aponta diferenças significativas nas taxas de desemprego entre homens (10,7%) e mulheres (13,8%), comportamento verificado em todas as regiões. As mulheres representam 52,2% da população em idade de trabalhar (a partir de 14 anos), mas são apenas 43% dos ocupados. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o desemprego chega a 25,9%. Cai para 11,2% na faixa entre 25 e 39 anos e para 6,9% entre trabalhadores de 40 a 59 anos.
A diferença também é grande quando se compara dados de trabalhadores brancos (taxa de desemprego de 9,5%), pessoas de cor preta (14,4%) e parda (14,1%), conforme a classificação do IBGE. Há um "abismo" no rendimento, afirma o coordenador do IBGE: o rendimento médio dos brancos foi estimado em R$ 2.660, acima da média nacional, no quarto trimestre (R$ 2.043). O do pardos cai para R$ 1.480 e o dos pretos, para R$ 1.461.
Créditos: Rede Brasil Atual

Chikungunya pode causar complicações vasculares crônicas e irreversíveis


A febre chikungunya, provocada pelo mosquito Aedes aegypti, pode causar problemas vasculares crônicos e irreversíveis. A constatação partiu da segunda fase da pesquisa ‘Complicações Vasculares na Febre Chikungunya’, idealizada por profissionais do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC UFPE). Segundo a pesquisa, 50% dos pacientes persistiram com inchaço nas pernas mesmo após a fase aguda da doença provocada pelo mosquito.

A cirurgiã vascular do HC, que está à frente do estudo, Catarina Almeida, explicou que, logo na primeira fase da pesquisa (realizada de março a junho de 2016), 32 pacientes se submeteram ao exame de linfocitigrafia (procedimento que permite avaliar o funcionamento do sistema linfático). Desses, 86% apresentaram características de acometimento da circulação linfática devido à chikungunya, com inchaços nos membros inferiores.

Noventa dias após a realização do primeiro exame, na segunda etapa da pesquisa, foi observado na avaliação clínica que 16 pacientes persistiram com os inchaços (mesmo após a fase aguda da doença). Vinte nove pacientes voltaram a ser acompanhados dos quais 20 repetiram a linfocitigrafia e foi constatado que 65% deles tiveram uma piora em seu quadro, demonstrando que a chikungunya pode provocar doenças vasculares crônicas, como linfedemas (acúmulo de líquido devido ao bloqueio do sistema linfático).

“O estudo apresenta uma nova manifestação da febre chikungunya que é o inchaço de causa linfática e mostra, pela primeira vez, a cronificação dessas manifestações. O linfedema não tem cura. O paciente irá tentar controlar o inchaço dos membros inferiores por meio de fisioterapia com drenagem linfática e uso de meias”, explicou.

A pesquisa, por descrever algo inédito, pode ajudar a orientar o diagnóstico e o tratamento para diminuir o inchaço e a dor. “Uma vez que se torna possível o diagnóstico precoce desse inchaço, é possível a gente instituir o tratamento antecipado e evitar complicações”, acrescentou Catarina.

A pesquisa foi desenvolvida por Catarina em conjunto com o chefe do Serviço de Cirurgia Vascular do HC, Esdras Marques, a cirurgiã vascular Gabriela Buril, a chefe do Serviço de Medicina Nuclear da unidade, Simone Brandão, e os especialistas em cardiologia Monica Becker e Roberto Buril.
Créditos: Portal Correio

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Trump publica circular para acelerar deportação de imigrantes

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Em dois memorandos internos, datados de segunda-feira e divulgados na terça (21) no site oficial do Departamento, o secretário de Segurança, John Kelly, determinou que inclusive imigrantes sem antecedentes criminais poderão sofrer deportação imediata.
A prioridade continuará sendo a captura e a deportação de imigrantes em situação irregular e com antecedentes criminais, como ocorria desde o governo anterior de Barack Obama. O secretário de Segurança também determinou a contratação de 5 mil novos empregados para aduana e 10 mil empregados para a agência de controle migratório (ICE).
Os memorandos internos são o primeiro passo para a aplicação da promessa de campanha de Trump de expulsar do país os imigrantes em situação irregular, o equivalente a 11 milhões dos estrangeiros – a maioria mexicanos.
As crianças imigrantes, por enquanto, não estão no alvo de Trump: um programa do governo as protege da deportação. Esses jovens imigrantes em situação irregular foram trazidos aos Estados Unidos pelos pais, quando eram crianças. Durante sua campanha, Trump também prometeu acabar com esse programa.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, tem declarado que a prioridade do governo são os imigrantes com antecedentes criminais. "Pessoas que podem fazer mal ou que fizeram mal e têm antecedentes criminais são o centro das atenções", disse Spicer.
Créditos: RFI

Dória quer privatizar o Samu e fechar farmácias do SUS

RBA - Trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) denunciaram ontem (22), em reunião da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo, que o prefeito João Doria (PSDB) pretende transferir o atendimento para gestão de Organizações Sociais (OS) privadas. As bases espalhadas pela cidade deverão ser desativadas e o pessoal passará a ficar à disposição da gestão em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre outros equipamentos da rede municipal.
Segundo a servidora Gláucia Fernandes dos Santos, Doria alega que a mudança permitiria dobrar o número de viaturas disponíveis. "Vende a ideia de que o serviço vai melhorar, o que não é verdade. Só vai melhorar quando houver menos sobrecarga nos hospitais e pronto atendimento. Se isso não acontecer, quem vai receber e atender as pessoas removidas pelo Samu?", questiona.
Gláucia observa que a proposta traz desânimo às equipes que já trabalham sob forte estresse emocional, com poucos recursos e infraestrutura. "Havia transferência de recursos do governo federal mas nunca chegavam. O que está acontecendo?", questiona.
Contra a transferência da gestão do Samu para OSs, o vereador Eduardo Suplicy (PT) está liderando o abaixo-assinado Diga não à privatização/descaracterização do Samu de São Paulo.
Além dos trabalhadores do Samu, integrantes de movimentos populares em defesa do SUS e do Conselho Municipal de Saúde, demais servidores do setor e dirigentes sindicais aproveitaram a reunião de prestação de contas da gestão para cobrar respostas do secretário da Saúde, Wilson Pollara, que não compareceu. A secretária-adjunta, Maria da Glória Zenha Wieliczka, não chegou a responder nenhum dos questionamentos.
Ela foi beneficiada pela longa exposição de dados financeiros relativos ao quadrimestre passado e pela extensa lista de críticas, cobranças e perguntas apresentadas pelos participantes inscritos. A última pergunta foi encaminhada quando faltavam menos de dez minutos para o fim da reunião. Novo encontro foi marcado para o próximo dia 10, após muita insistência.
A secretária-adjunta foi surpreendida com perguntas sobre programas polêmicos da gestão João Doria (PSDB). Entre elas, o fechamento de farmácias em UBS, a parceria com laboratórios farmacêuticos para “doação” de medicamento prestes a vencer em troca de benefícios fiscais por parte do poder público, as dificuldades para marcação e realização de exames no âmbito do programa Corujão e a terceirização do Samu.
Com apoio da plateia, as vereadoras Juliana Cardoso (PT) e Samia Bonfim (Psol) reiteraram a necessidade de realização de audiências públicas para discutir, entre outras coisas, a proposta de distribuição de medicamentos por farmácias comerciais e a parceria para a chamada doação de medicamentos. Um requerimento protocolado por Juliana havia sido rejeitado pela Comissão de Saúde na semana retrasada. Por Cida de Oliveira
Créditos: Rede Brasil Atual

NASA descobre um sistema solar com sete planetas como a Terra

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um novo sistema solar com sete planetas do tamanho da Terra. Está a cerca de 40 anos luz de nós, orbitando em torno de uma estrela anã e fria, de um tipo de astro conhecido como "anões vermelhos". Na Via Láctea, este tipo de astro é muito mais abundante que as estrelas como o Sol e, recentemente, se tornaram o lugar preferido pelos astrônomos para procurar planetas semelhantes à Terra onde possa ser encontrada vida, segundo explicaram os cientistas da NASA, durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. "A questão agora não é como se encontraremos um planeta como a Terra, mas quando", disseram.

O novo sistema solar orbita em torno da estrela Trappist-1, um astro do tamanho de Júpiter encontrado na constelação de Aquário. No ano passado, uma equipe internacional de astrônomos achou três planetas orbitando este astro, com tão somente 8% da massa do Sol. Em um novo estudo publicado hoje na revistaNature, a mesma equipe confirma a existência desses três planetas e anuncia outros quatro. Todos os sete planetas tem o tamanho similar ao da Terra, mas estão muito mais próximos à sua estrela, o que permitiria que abrigassem água líquida, condição essencial para a vida, segundo um comunicado oficial do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Em fevereiro e março de 2016 os astrônomos usaram o telescópio espacial Spitzer, da NASA, para captar as minúsculas flutuações na luz do astro que são produzidas quando os planetas passam na frente de sua estrela. Telescópios terrestres no Chile, África do Sul, Marrocos, Estados Unidos e Ilha de La Palma, nas Canárias, direcionaram também suas lentes para a Trappist-1entre maio e setembro. As observações confirmam a existência de seis planetas, Trappist-1 bcdef e g, conforme sua proximidade decrescente do astro, e sugerem a existência de um sétimo, h, ainda não confirmado. Os seis planetas confirmados parecem ser rochosos, como a Terra, Marte, Vênus e Mercúrio, embora alguns possam ser muito menos densos. A Trappist-1 e seus mundos se parecem muito com Júpiter e suas luas geladas Io, Europa, Ganimedes e Calisto, algumas também propensas a abrigar vida.
“É um sistema planetário alucinante, não só por haver tantos, mas porque seu tamanho é surpreendentemente semelhante ao da Terra”, diz Michaël Gillon, pesquisador da Universidade de Liège (Bélgica) e principal autor do estudo. 
O planeta mais perto de seu sol leva um dia para completar uma órbita, e o mais distante, 12. Os três primeiros estão perto demais da estrela, o que faz com que provavelmente tenham climas abrasadores em excesso para que a água não evapore de sua superfície, segundo os modelos climáticos usados pelos astrônomos. É provável que h, com um tamanho mais parecido com os de Vênus e Marte, seja um mundo gelado por causa de sua distância da estrela. Os três planetas restantes estão dentro da chamada “zona habitável” e podem abrigar oceanos, segundo o estudo.
O mais importante desta descoberta é que pode permitir observar pela primeira vez a atmosfera de um desses planetas, explica Guillem Anglada-Escudé, astrônomo de Barcelona que trabalha na Universidade Queen Mary, de Londres. Trata-se de uma conquista científica que bem vale um Nobel e é um dos passos prévios fundamentais na busca de vida fora do Sistema Solar. No ano passado, Anglada-Escudé descobriu o exoplaneta de tamanho terrestre mais próximo da Terra, a quatro ano-luz.
Créditos: EL País

Especialistas preveem corte de 30,4 mil empregos

A recuperação econômica do Brasil só existe no discurso de Henrique Meirelles. Janeiro será o 22º mês consecutivo de redução no volume de empregos com carteira assinada no Brasil. A média de estimativas colhidas entre 15 consultorias e instituições financeiras sinaliza corte de 30,4 mil vagas.
As informações são de reportagem do Valor.
"O ritmo de recuperação mais lento que o esperado, contudo, tem feito crescer as expectativas de que em 2017 o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apure mais um saldo negativo, depois do corte de 2,8 milhões de postos formais em 2015 e 2016. Entre as 11 instituições que enviaram estimativas para o dado fechado do ano, 6 preveem que as demissões superem as contratações: Parallaxis (-522,7 mil), MCM Consultores (-500 mil), Pezco (-486,3 mil), banco Brasil Plural (-420 mil), Ibre-FGV (-278 mil) e banco Pine (-30 mil). A data da divulgação dos números de janeiro ainda não foi informada pelo Ministério do Trabalho.
 No cenário do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o país ainda perde 278 mil empregos com carteira assinada neste ano, saldo negativo recuperado apenas parcialmente em 2018, para o qual se espera geração líquida de 250 mil postos de trabalho. "O mercado informal vai ser o primeiro a responder à melhora da economia, mas a retomada do setor formal vai ser mais lenta", pondera Tiago Barreira, economista da instituição."
Créditos: WSCOM

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Reforma da Previdência pode ser o fim da aposentadoria rural

Já tramita na Câmara Federal sob o título de PEC 287 a Proposta de Emenda à Constituição que visa alterar as regras de aposentadoria no Brasil. Assinada por Michel Temer e pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles, a Reforma da Previdência é vista como uma ameaça à aposentadoria da população do campo. Segundo lideranças e agricultoras entrevistadas, as novas regras inviabilizam que a população rural acesse o direito à aposentadoria.

Pelas as novas regras que podem ser estabelecidas pela PEC 287, o trabalhador e a trabalhadora rural só poderão se aposentar com idade mínima de 65 anos.E mesmo com 60 e 55 anos, esses camponeses só conseguirão aposentadoria se contribuírem mensalmente com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) por 25 anos. Mas caso queiram recebem a aposentadoria no valor integral, terão que contribuir por 49 anos.

O ponto da contribuição mensal é um dos maiores incômodos do presidente da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Pernambuco (FETAPE), Doriel de Barros. “Não pode ser assim. O trabalhador urbano tem salário, mas a renda do trabalhador rural depende da produção. Olhe para o Nordeste, que enfrenta uma seca há seis anos. Como é que pagaremos ao INSS todo mês?”, pergunta Barros. “Além disso é uma proposta mentirosa, que se ancora num suposto déficit da previdência que na prática não existe. Eles querem fazer ‘terrorismo’, afirmando que aposentados ficarão sem receber”, completa. Segundo a Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), a Previdência Social é superavitária, ao contrário do que diz o Governo Federal, que propôs a Reforma da Previdência para solucionar um suposto “rombo”.

Agricultor familiar da comunidade rural de Poço Dantas, na cidade de Tabira, Sertão de Pernambuco, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras, acredita que a nova regra que obriga a contribuição mensal vai tirar o direito à aposentadoria rural. “Os recursos que essas famílias têm são para seu sustento. Essa reforma vai acabar com o direito à aposentadoria. Nós vamos trabalhar a vida toda e morrer sem se aposentar”, se queixa Veras. O sindicalista, que vê a Previdência Social como “a principal fonte de distribuição de renda do País”, se refere ainda à seca para exemplificar a dificuldade do agricultor da região Nordeste. “Muitas famílias estão quase sem renda, dependendo de benefícios e dos programas sociais. Como é que essas famílias vão pagar mensalmente a Previdência Social? Nessa seca, qual a renda mensal de um trabalhador rural?!”, provoca.

O dirigente Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) Jaime Amorim avalia que a Reforma da Previdência é “o pior golpe dentro desse golpe”. “Como é que camponeses que plantam para a subsistência pagarão taxas mensais?”, questiona Amorim. “Teremos que pagar desde jovens, mas jovens não produzem excedente financeiro para pagar o INSS. Qualquer taxa mínima é inviável. A reforma é inviável para a economia e para a sobrevivência das pessoas”, reclama.

O advogado trabalhista André Barreto explica que pelas regras atuais, o trabalhador rural pode acessar a aposentadoria por duas vias: a comum para os trabalhadores empregados rurais, que têm recolhimento mensal de impostos para o INSS; e a ‘aposentadoria especial’, em geral para pequenos agricultores e comunidades tradicionais. “A aposentadoria especial não necessita pagamento mensal da Previdência, não precisa pagar ao INSS mensalmente, bastando ao trabalhador comprovar documentalmente que ao longo de 15 anos ou mais ele era trabalhador rural, que estava produzindo, comercializando”, diz Barreto. “Mas com a reforma da previdência a modalidade especial fica extinta. A aposentadoria fica por idade e tempo de contribuição, inclusive para o agricultor familiar”.  Por Vinícius Sobreira.
Créditos: Brasil de Fato