A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu para 17,1% em janeiro, ante 14% em igual mês de 2016, segundo a pesquisa mensal da Fundação Seade e do Dieese. O número de desempregados foi estimado em 1,883 milhão, acréscimo de 88 mil em relação a dezembro (aumento de 4,9%) e de 334 mil em 12 meses, crescimento de 21,6%. Essa alta não foi maior porque houve saída de pessoas da população economicamente ativa: de dezembro para janeiro, 65 mil deixaram a PEA (-6%), enquanto o mercado cortou 153 mil postos de trabalho (-1,6%) – sendo 54 mil com carteira assinada –, resultando nos 88 mil desempregados a mais.
De acordo com o Seade e o Dieese, houve aumento da taxa de desemprego em todas as áreas pesquisadas na região metropolitana. Na capital paulista, por exemplo, o índice passou de 15,3%, em dezembro para 16%. Foi de 15,5% para 17% na chamada sub-região Sudeste, que compreende o Grande ABC. Nas outras, cresceu de 16,7% para 17,9% na Oeste (Osasco, Barueri e outros municípios) e de 19,6% para 20,9% na Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes e outros).
Serviços, indústria de transformação e construção civil eliminaram vagas em janeiro: menos 82 mil (-1,5%), 49 mil (-3,6%) e 29 mil (-4,7%), respectivamente. Apenas o segmento de comércio/reparação de veículos ficou praticamente estável (-0,1%). Na comparação com janeiro do ano passado, todos os setores reduzem o número de postos de trabalho. A indústria fecha 179 mil (-12,1%) e os serviços, 135 mil (-2,4%). São menos 73 mil empregos na construção (-11%) e menos 15 mil no comércio (-0,9%).
A pesquisa sempre mostrando redução do emprego formal. Apenas em janeiro, foram cortados 54 mil empregos com carteira (-1,1%). Em 12 meses, 378 mil (-7,2%). O único setor da ocupação com crescimento em relação a janeiro de 2016 é o dos empregados domésticos, com mais 48 mil vagas (7,9%).
Estimado em R$ 2.023, o rendimento médio dos ocupados subiu 0,9% de novembro para dezembro – nesse item, a pesquisa sempre considera o mês anterior. Ante dezembro de 2015, cai 3,9%, com recuo de 6,6% na massa de rendimentos.
Créditos: Rede Brasil Atual
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