Esta descoberta ajuda a explicar alguns dos sintomas do autismo, como os ataques epilépticos e a sensibilidade excessiva a ruído ou experiências sociais.
Os investigadores da Universidade de Columbia focaram as atenções na parte do cérebro responsável pelo comportamento social e pela comunicação e analisaram tecidos cerebrais de 48 crianças e jovens, 26 das quais tinham autismo, com idades entre os 2 e os 20 anos.
A investigação revelou que as crianças e jovens com a doença possuíam claramente mais conexões nervosas cerebrais do que as saudáveis, uma condição que se agrava com o avançar da idade.
Estas sinapses, o nome dado às conexões nervosas, são bastante mais frequentes nos adolescentes autistas do que nos saudáveis. Ao contrário do que acontece se a comparação for feita entre crianças pequenas.
Este excesso de sinapses resulta do mau funcionamento do mecanismo de eliminação das sinapses inúteis, necessário para assegurar que diferentes áreas do cérebro possam desenvolver funções específicas e não fiquem sobrecarregadas de estímulos.
Com estes conhecimentos, os investigadores foram capazes de diminuir comportamentos autistas em ratos geneticamente modificados através da administração de um químico já usado para prevenir a rejeição de órgãos doados.
O líder do estudo, David Sulzer, garante que é possível que os mesmos efeitos se revelem em humanos e que “está aberta a porta para um tratamento”.
As causas do autismo permanecem, no entanto, um mistério, mas as recentes descobertas podem deitar por terra a tese de que a doença é incurável.
O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. Foto: DR
Créditos: Renacença
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