Lojas fictícias na internet anunciam carros a preços atraentes e mais de 30 pessoas já foram enganadas em João Pessoa apenas em 2015, segundo declarações do delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações da Capital Em entrevista a Rede Correio Sat, onde explicou que, para segurar a venda, os golpistas exigem dinheiro antecipado do comprador.
Conforme revelou o delegado, esse golpe ocorre no Brasil todo e, após o pagamento do adiantamento, que pode ser feito em contas de ‘laranjas’, os golpistas acabam não cumprindo com o acertado. Muitas vezes, de acordo com Lucas Sá, as contas podem estar situadas em outros estados, o que dificulta as investigações da polícia em virtude da competência territorial.
“Eles se valem de dois meios que dificultam as investigações. O primeiro é o meio eletrônico, que é a internet; o segundo é a realização de depósitos em contas espalhadas pelo Brasil”, disse o delegado, que acrescentou que o crime tem um “potencial lesivo enorme”.
Lucas Sá disse que em 2014, quando os dados desse tipo de crime começaram a ser computados, houve registro de aproximadamente 30 ocorrências do golpe. Em 2015, até o mês de outubro, os golpes de internet, no geral, já chegam a 80. Desse total, mais de 30 são em anúncios fraudulentos. Até o fim do ano, a contabilização total pode atingir 50 casos, revelou o delegado.
Lucas Sá aconselha os consumidores que, nesse tipo de transação, o comprador identifique a placa do veículo e fique sabendo quem é o verdadeiro dono dele, o que pode ser visto no site do Detran. Sabendo de quem se trata, o interessado deve buscar entrar em contato com o proprietário. Caso o negociante coloque alguma dificuldade nesse processo, deve-se desconfiar da negociação. “Só o real proprietário do veículo vai poder garantir que ele foi repassado para aquele estabelecimento para ser negociado”, alertou o delegado.
Vítimas dos golpes que morem em João Pessoa ou Campina Grande podem procurar a Delegacia de Defraudações para registrar as ocorrências. Em outras cidades, é preciso procurar a Polícia Civil local. O delegado recomenda que a vítima faça um ‘print’ da tela onde encontrou o anúncio na internet, anote o nome do anunciante e as informações de telefones e bancárias que foram utilizadas para a execução da fraude. Com tais dados, a Polícia Civil poderá ir em busca dos responsáveis pelo crime.
Os golpistas estão sujeitos a responder por crime de estelionato em cada um dos golpes aplicados. A pena pode variar de um a cinco anos de prisão mais a aplicação de multa para cada caso, que pode ser somado a outros.
Créditos: Portal Correio
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