Durante todo o dia, senadores do PT e de outros partidos da oposição resistiram no plenário do Senado. Por volta das 12h, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Regina Sousa (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin(PCdoB-AM) ocuparam a mesa diretora e assumiram os trabalhos. O presidente da casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) interrompeu a sessão.
Para voltar, as senadoras tentaram negociar a aprovação de destaques para que o texto voltasse à discussão para a Câmara Federal. A sessão só retornou no fim do dia e, mesmo com a resistência dos senadores petistas, o texto foi aprovado pela maioria. “Os senhores estão retirando direitos do povo povo brasileiro. De quem ganha um salário, dois salários, de quem faz serviço terceirizado. Os senhores estão acabando com o direito das mulheres. Estão rasgando a CLT”, disse Gleisi no plenário.
“Vocês estão fazendo com que os trabalhadores ganhem menos que um salário mínimo. Vocês são do andar de cima da sociedade. A classe dominante desse país não tem projeto para o país. Só tem projeto para vocês. Quando a coisa aperta vocês tiram dos mais pobres. É isso que vocês querem: que o trabalhador ganhe menos, trabalhe mais”.
O senador Humberto Costa também lamentou a aprovação. “O Senado ficou de joelhos para Temer e de costas para o povo. Infelizmente, apesar de toda a nossa luta e da forte rejeição popular, esta Casa jogou sobre os trabalhadores e o povo a responsabilidade para resolver a crise”, disse. “Retiramos direitos e conquistas sociais de décadas, diminuindo a rede de proteção social, precarizando as relações de trabalho e criando mais condições de ampliar a taxa de lucro dos empresários brasileiro”, afirmou.
“Esse projeto contém itens que ferem a dignidade e cidadania dos trabalhadores e trabalhadoras, inclusive das mulheres. Como permitir que a gestante ou lactante trabalhe em locais insalubres”, afirmou a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). “O Senado abriu mão do seu papel como casa revisora”, disse.
Créditos: Agencia PT
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