As empresas analisadas, Petrobras, Eletrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, correspondem a aproximadamente 95% da representatividade das estatais federais, segundo o secretário Fernando Antonio Ribeiro Soares da Sest. Dentre estas, a Caixa e o BNDES foram asestatais que mais lucraram no último ano.
Mas estes números não se fazem sozinhos, Soares disse ainda que outras medidas estão sendo tomadas visando a “melhoria” da gestão, dentre elas, consta a redução de gastos destinados a planos de saúde para os funcionários e seus dependentes, além disso o governo pretende avançar em planos de demissão voluntária. O governo reduziu os postos de 533.188 em 2016 para 504.444 em 2017, e a perspectiva é continuar reduzindo postos com os PDVs, ou seja, na prática o aumento dos lucros não está servindo para aumentar contratação neste momento de profunda crise e desemprego, ao invés disso o governo segue demitindo e cortando benefícios dos funcionários.
Além disso, os bancos estatais vem apresentando um atendimento cada vez mais precário, fechando agências e fazendo com que os clientes migrem para bancos privados como o Itaú e o Santander, que em 2017 tiveram lucro recorde em meio a esta profunda crise, e também têm fechado postos de trabalho aprofundando o desemprego. No fim, este lucro não se reflete nem em vagas de emprego nem em melhoria do atendimento, a população então é quem perde de ambos os lados enquanto estas empresas permanecem lucrando.
Ainda pesa o fato de que o governo segue querendo privatizar as empresas estatais, mesmo sendo possível aumentar seus lucros como se mostrou nos resultados de 2017. Em Janeiro, Temer havia anunciado que estava estudando a possibilidade de privatizar a Eletrobras, esta postura só evidencia qual é a prioridade do governo neste momento de crise, se fecham postos de trabalho e precarizam o serviço em nome do lucro, e após lucrarem estudam a privatização, a ideia não é sair desta crise e acabar com o desemprego que afeta o país, mas sim continuar lucrando mesmo que sejam os trabalhadores que paguem por isso.
Créditos: Esquerda Diário
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