terça-feira, 9 de junho de 2020

Um terço das classes A e B pede auxílio emergencial

Um estudo do Instituto Locomotiva publicada pelo jornal Valor Econômico indica que 3,89 milhões de famílias das classes A e B têm algum membro recebendo o auxílio emergencial de R$ 600 criado para atender pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de coronavírus.
 

De acordo com o estudo, um terço das famílias das classes A e B pediu o auxílio emergencial nos últimos dois meses. Segundo o levantamento, 69% dos pedidos procedentes da população de maior renda foram aprovados. 

Em tese, a legislação não proíbe pessoas das maiores faixas de renda de receber o benefício. Cidadãos das classes A e B podem ter acesso ao auxílio emergencial caso todos na família estejam trabalhando na informalidade e não tenham declarado Imposto de Renda no ano passado.

Pela legislação que criou o auxílio emergencial, a análise dos requerimentos cabe à Dataprev, estatal federal de tecnologia. A empresa vasculha 17 bases de dados e verifica se o autor do pedido se enquadra nos critérios para receber o auxílio.

A pesquisa que identificou o alto nível de famílias de classes A e B recebendo auxílio do governo ouviu 2.006 pessoas de 72 cidades de todo o país, no período de 20 a 25 de maio. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. 

Segundo o Instituto Locomotiva, integrantes dessas famílias de classes mais altas estão omitindo a renda familiar no cadastro no site da Caixa para burlar as regras do programa. A pesquisa identificou que muitas dessas pessoas são esposas de empresários, jovens de famílias de classe média e servidores aposentados.(Editado).
Créditos: Yahoo

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