Uma onda de secas nos países de maior produção agrícola está provocando o aumento dos preços dos alimentos em todo o mundo, despertando temores de uma crise semelhante à que ocorreu há quatro anos.
Neste ano, os Estados Unidos passaram pela sua pior seca em mais de meio século. Grandes extensões de terra da Rússia também não tiveram chuva suficiente. Até mesmo a temporada de monções na Índia foi seca. Na América do Sul, o índice pluviométrico ficou abaixo da média histórica. Como resultado, algumas colheitas desabaram, provocando uma disparada, por exemplo, nos preços de cereais, que estão quase no seu patamar mais alto. Em 2008, um fenômeno semelhante provocou tumultos em 12 países e fez com que a ONU convocasse uma reunião especial para lidar com a crise da alta do preço dos alimentos.
A falta de chuva neste ano é o principal fator de risco para que uma crise de natureza semelhante se repita. O foco principal está na produção de milho nos Estados Unidos, mas a produção mundial de soja e de grãos também caiu.
Apesar da seca em diversos países e da queda na produção de commodities como o milho, outros elementos apontam para um cenário menos preocupante.
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