O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, avalia que a reaproximação comercial entre Brasil e os Estados Unidos irá ampliar o saldo positivo da balança comercial até o final de 2015. Em entrevista, Monteiro aponta que a diferença entre importações e exportações será expressivamente maior que os US$ 7,9 bilhões acumulados até a primeira semana de setembro. “Já temos a previsão de um superávit na balança comercial de US$ 12 bilhões. Isso é expressivo na medida em que, no ano passado, o Brasil teve um déficit de US$ 4 bilhões. Então, sairemos desse déficit para um superávit e esperamos superar esse resultado em 2016”, confia.
O ministro classifica a estimativa como primeiro resultado do Plano Nacional de Exportações 2015-2018, lançado em junho, cujo mote principal é aumentar as vendas de manufaturados. A remessa de industrializados brasileiros aos EUA registra alta de quase 6% neste ano. “O Brasil precisa se integrar cada vez mais à rede de acordos internacionais. Os países com mais comércio internacional são aqueles que promovem mais acordos comerciais para reduzir as barreiras tarifárias e não-tarifárias”, diz.
É neste sentido que Monteiro mantém conversas com o governo norte-americano para facilitar a entrada de produtos. “Estamos trabalhando para remover barreiras não-tarifárias relacionadas à normas técnicas exigidas de produtos brasileiros. Estamos trabalhando, por exemplo, para fazer uma harmonização de normas que beneficiem as indústrias de cerâmica, têxtil, refrigeração, luminárias e alguns artefatos do setor elétrico”, antecipa. As barreiras não-tarifárias são questões burocráticas entre os dois governos que inviabilizam o comércio de determinados produtos.
Créditos: Portal Brasil
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