O governo anunciou nesta quinta-feira (14) que vai subir de R$ 4 bilhões para R$ 15 bilhões o valor das linhas de crédito para empresas exportadoras, em 2016, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também informou que as taxas de juros ficarão mais baixas.
O anúncio das medidas, no âmbito do Plano Nacional de Exportações, lançado no ano passado, acontece em meio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será votado no plenário da Câmara dos Deputados neste fim de semana.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as linhas de crédito poderão beneficiar mais de 3,5 mil empresas exportadoras. "Com isso, terão possibilidade de ampliar sua competitividade no mercado externo, contribuindo para a geração de saldos na balança comercial", acrescentou.
"Estamos falando em um volume expressivo de recursos com o objetivo de suportar essa alavanca importante do crescimento [exportações]. Com isso, o BNDES se engaja de maneira mais significativa no Plano Nacional de Exportações", disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo de Oliveira, uma economia financeira moderna só funciona se o canal do crédito estiver funcionando dentro da uma normalidade.
"E o que acreditamos que podemos fazer neste momento é utilizar de maneira mais eficiente os recursos já disponíveis que temos no sistema financeiro", afirmou.
Para o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, essas medidas são "extremamente oportunas e se constituirão em um recurso importante para que esse esforço exportador tenha continuidade".
Para o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro Neto, essas medidas são "extremamente oportunas e se constituirão em um recurso importante para que esse esforço exportador tenha continuidade".
"O pilar de financiamento e seguro é fundamental do plano de exportação. Sem o financiamento, esse esforço evidentemente perde força. Hoje, temos concretamente o que celebrar. Tenho certeza que essas linhas serão demandadas ", disse.
Juros menores
O governo informou que as linhas de crédito do BNDES para pré-embarque das exportações, destinados à produção de bens de capital (máquinas e equipamentos para produção) terão custo integral (100%) baseado na Taxa de Juros de Longo Prazo, atualmente em 7,5% ao ano. Até então, 70% dos juros tinham por base a TJLP.
Somada ao "spread básico" do BNDES e também à taxa de intermediação financeira, a taxa será de 9,5% ao ano, contra um patamar anterior de 11,53% a 12,88% ao ano.
O governo informou que as linhas de crédito do BNDES para pré-embarque das exportações, destinados à produção de bens de capital (máquinas e equipamentos para produção) terão custo integral (100%) baseado na Taxa de Juros de Longo Prazo, atualmente em 7,5% ao ano. Até então, 70% dos juros tinham por base a TJLP.
Somada ao "spread básico" do BNDES e também à taxa de intermediação financeira, a taxa será de 9,5% ao ano, contra um patamar anterior de 11,53% a 12,88% ao ano.
Para a produção de bens de consumo, informou o Ministério do Desenvolvimento, a taxa será equivalente a 70% do custo da TJLP, contra o patamar anterior de 50%. A taxa final, com o spread do BNDESe taxa de intermediação financeira, será de 11,53% ao ano, contra o patamar anterior de 15,75% ao ano.
No caso das micro e pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 90 milhões, todo o financiamento terá o custo da TJLP - contra o patamar anterior de 50% a 70%. A taxa final, com o spread do BNDES e taxa de intermediação financeira, será de 9,1% ao ano, contra o patamar anterior de 11,13% ao ano.
Essas medidas, de acordo com o governo, implicarão na queda do custo de financiamento em até 26% para bens de capital voltados à exportação, e de até 29% para bens de consumo. Para micro e pequenas empresas, o custo será 42,5% menor, acrescentou o Ministério do Desenvolvimento.
Setores beneficiados
Segundo o governo, o setores beneficiados com as medidas, no caso de bens de capital, são: alimentício, metro-ferroviário, máquinas de implementos agrícolas e rodoviários, geração de energia, aeronaves, ônibus, caminhões, fornos, celulose e siderurgia, entre outros.
Segundo o governo, o setores beneficiados com as medidas, no caso de bens de capital, são: alimentício, metro-ferroviário, máquinas de implementos agrícolas e rodoviários, geração de energia, aeronaves, ônibus, caminhões, fornos, celulose e siderurgia, entre outros.
No que se refere aos bens de consumo, as linhas de crédito contemplarão os setores de alimentos, calçados, têxteis, móveis, cosméticos, eletrodomésticos, plásticos, vidros, produtos cerâmicos. As linhas também envolvem a venda externa de automóveis de passeio, carnes e equipamentos de defesa.
Créditos: WSCOM
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