A indústria é o setor que mais gera riqueza para o país. A cada real produzido por ela, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo. Para se ter uma ideia, a agricultura gera R$ 1,67 e, o setor de serviços, R$ 1,51 a cada real produzido, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A indústria brasileira responde por 55% das exportações do país, 66% dos investimentos privados em pesquisas e desenvolvimento e 30% da arrecadação de tributos federais.
Além disso, a indústria, que emprega 10,5 milhões de trabalhadores, é responsável por 22% dos empregos formais e paga salários acima da média. Enquanto a média salarial dos trabalhadores com nível superior é de R$ 5.272, a dos empregados na indústria é de R$ 7.667.
Os trabalhadores com ensino médio recebem, por sua vez, em média, R$ 1.870 e, os da indústria, R$ 2.157. A disparidade salarial entre os profissionais da indústria e a dos demais segmentos ocorre pela maior qualificação da mão de obra do setor.
Mesmo com essa relevância, a indústria vem perdendo participação na economia brasileira. Em 2016, o segmento participou com 21,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Dez anos antes, em 2006, essa participação era de 27,7%.
Segundo o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, isso deve-se a várias causas, dentre elas as crises econômicas, as políticas de correção das crises, a emergência da China como “fábrica do mundo”, a incapacidade de o país corrigir as distorções do seu ambiente econômico que reduzem a competitividade, e ao processo natural do desenvolvimento econômico, em que o setor de serviços aumenta sua participação.
A queda tem sido acelerada em razão da perda de competitividade da indústria brasileira devido a entraves como baixa produtividade do trabalhador, elevação do custo unitário em dólar, infraestrutura precária, burocracia, elevada carga tributária e altos custos com encargos trabalhistas.
“As empresas brasileiras têm grande dificuldade de competir com indústrias de outros países. Assim, perdem mercados e, consequentemente, produzem menos, contratam menos e geram menos renda”, ressalta Fernandes.
Créditos: Paraíba Online
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