Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, na pesquisa de Endividamento e Inadimplência do consumidor (Peic), houve um aumento em novembro, 62,2%, de famílias endividadas, o que representa crescimento de 0,4 com relação a outubro que a taxa era de 59,6%.
Apesar de o número relativo das famílias que declararam não ter condições para pagar as contas ou dívida em atraso ter sido estável entre outubro e novembro, comparado a novembro de 2016 o percentual subiu de 9,5% para 10,1%. Também comparado ao ano anterior ocorreu um aumento no percentual de famílias que se declaram muito endividada e pouco endividada foi respectivamente 0,1 e 0,6 a mais do total de entrevistados. O tempo médio de atraso também aumentou; em novembro de 2016 o atraso era de 63,3 dias, ao passo que esse ano é de 64,2 dias.
Para além disso 28% das pessoas entrevistadas dizem que mais da metade de sua renda mensal é afetada pelo pagamento das dívidas. Segundo Marianne Hanson, economista da CNC " A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em relação à capacidade de pagamento".
Com a implementação da reforma trabalhista a situação dessas famílias pode ser ainda mais catastrófica, pois a esta vem para tornar ainda mais precária a vida dos trabalhadores. O aumento nas taxas mostradas na pesquisa de Peic comprovam que cada vez mais as famílias acabam se endividando e, como em uma bola de neve, passam suas vidas tentando pagar tais dívidas para os mesmos capitalistas que as exploram no trabalho e que, com a reforma trabalhista, pretendem rifar os direitos dos trabalhadores para aumentarem suas taxas de lucro.
Créditos: Esquerda Diário
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