A taxa nacional de desemprego foi a 12,2% no trimestre encerrado em outubro, abaixo de julho (12,8%) e acima de igual período do ano passado (11,8%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, divulgada no último dia de novembro deste ano. Mas a ligeira melhora no período recente segue mostrando outro fenômeno no mercado de trabalho, que independentemente da nova lei trabalhista está "trocando" empregados com carteira assinada por informais, de menor remuneração.
Nos três últimos meses, o número de desempregados caiu em 586 mil (-4,4%), para estimados 12,740 milhões. Em 12 meses, esse total aumenta em 698 mil (crescimento de 5,8%).
A ocupação cresce nas duas comparações: em relação a outubro de 2016, por exemplo, são 1,662 milhão de vagas a mais (1,8%), para um total de 91,545 milhões. Ante julho, são mais 868 mil (alta de 1% no trimestre). O desemprego cai nesse caso porque foram criadas vagas em número superior ao de pessoas que entraram no mercado. O movimento é contrário quando se faz a comparação anual.
Mas os empregos que vêm sendo criados não incluem os empregados com carteira no setor privado, cujo número diminui tanto ante julho como na comparação com outubro do ano passado (-2,2%, ou menos 738 mil). Também nesses períodos, aumentou em 5,9% o número de trabalhadores sem carteira (615 mil) e em 5,6% o de trabalhadores por conta própria (1,208 milhão).
Das 868 mil ocupações criadas em três meses, o emprego sem carteira respondeu por 254 mil. O trabalho por conta própria, por 326 mil. Assim, o trabalho informal responde pela pequena redução do desemprego no país.
Os empregados formais, que representavam 38% dos ocupados há um ano, agora são 36%. Os sem carteira passaram de 11,5% para 12% e aqueles por conta própria, passaram de 24% para 25%.
Entre os setores de atividade, de julho para outubro o emprego cresceu na construção e em serviços de informações, atividades financeiras, imobiliárias e administrativas, mantendo-se estável nos demais. Em 12 meses, cresce na indústria, no comércio/reparação de veículos e parte dos serviços, caindo na agropecuária.
Estimado em R$ 2.127, o rendimento médio ficou estável na comparação com julho deste ano e com outubro do ano passado. A massa de rendimentos (calculada em R$ 189,8 bilhões) cresceu 1,4% e 4,2%, respectivamente. O empregado com carteira recebe, em média, R$ 2.048. O sem carteira ganha R$ 1.253 (39% a menos) e o por conta própria, R$ 1.540 (-25%).
Créditos: Rede Brasil Atual
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