terça-feira, 31 de agosto de 2021

Brasil ganha 42 novos bilionários, enquanto 20 milhões passam fome

 Enquanto mais de 15 milhões de brasileiros estão sem emprego, milhares de famílias moram na rua e mais de 20 milhões de pessoas passam fome e em plena pandemia o país ganhou 42 novos bilionários. 

Segundo a revista Forbes o Brasil ganhou 42 super-ricos em 2021. Se forem divididas as famílias, o ranking aparece com 77 nomes a mais do que em 2020. A lista traz um total de 315 bilionários bilionários.

O Brasil se destacou no mundo em relação à capitalização de mercado, somando US$ 5,5 trilhões em 388 empresas.

Juntos, os bilionários brasileiros acumularam patrimônio de R$ 1,9 trilhão no primeiro semestre deste ano.

A lista de bilionários brasileiros da Forbes considera como principal fonte de informação a participação dos bilionários em empresas listadas em bolsa. Os dados consideram os valores apurados no primeiro semestre de 2021, ou seja, até 30 de junho.

O Brasil é o país com uma das maiores concentração de renda do mundo, reflexo do sistema capitalista neoliberal. Foto: Google. 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Febre "misteriosa" mata 68 pessoas em uma semana


Uma "febre misteriosa"  preocupa o povo indiano, tendo já vitimado em apenas uma semana quase 70 pessoas, das quais 40 eram crianças, no estado indiano de Uttar Pradesh.  A maior parte dos falecidos tinha reportado febre alta, desidratação e um decréscimo repentino no número de plaquetas no sangue. O resto das vítimas mostrava sintomas da dengue.

Inúmeros casos estão sendo reportados de vários distritos do referido estado indiano, tendo Firozabad sido apontado como o distrito mais afetado pela febre mortal.

O jornal The Times of India informou que, de momento, 72 crianças das 135 internadas no Colégio Médico de Firozabad estão lutando pela vida, sendo que a metade delas apresentam sintomas da dengue. Segundo as autoridades de saúde, 12 crianças morreram devido a essa febre nas últimas 24 horas.

"A causa exata está sendo estudada", disse a diretora clínica do distrito de Firozabad, dra. Neeta Kulshrestha.

Kulshrestha sublinhou ainda que todos os pacientes internados em hospitais estatais estão sendo testados à COVID-19, mas até agora nenhum dos casos da infecção viral pode ser correlacionado. Créditos: Sputnik Brasil

domingo, 29 de agosto de 2021

Congresso terá 5 mil agentes de segurança no dia 7 de setembro

 


Cinco mil policiais do governo do Distrito Federal irão fazer a segurança do prédio do Congresso no dia 7 de setembro, data marcada para manifestação bolsonarista. A Polícia Legislativa também atuará na proteção do prédio. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas), já teve uma conversa com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), sobre o tema. Outro encontro acontecerá na segunda-feira (30).

Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito Federal querem impedir a presença de policiais militares na manifestação por classificarem como ilegal a participação de PMs da ativa em atos políticos.

A Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares, Bombeiros Militares e Pensionistas Estaduais (Anermb) decidiu deixar as representações regionais livres para estimular ou não a participação nos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da entidade, sargento Leonel Lucas, defendeu o direito de manifestação dos policiais, desde que desarmados e à paisana.

"Não há hipótese de se poder comparecer, enquanto militar da ativa, do ponto de vista do regulamento em vigor. Não há margem de discussão. Mesmo sem farda e em horário de folga o PM está submetido ao regulamento disciplinar", afirmou o procurador de Justiça Pedro Falabella que atua junto ao TJM. Com informações do blog de Lauro Jardim. Créditos: Sputnik Brasil

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A crescente apologia ao nazismo pode originar partidos neonazistas no Brasil

Com o avanço da extrema direita nas últimas eleições, o Brasil teve um aumento significativo de apologia ao nazismo. 

O número de inquéritos abertos pela Polícia Federal (PF) para investigar casos de apologia ao nazismo passou de 20 em 2018 para 110 ano passado, mostram dados obtidos pelo jornal O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Essa multiplicação de casos provoca algumas questões: há mais neonazistas no Brasil hoje? Grupos neonazistas estão se articulando? Existe a possibilidade de em breve termos um partido com essa ideologia. 

Esse florescimento recente de grupos neonazistas no Brasil e contextualiza o passado e o presente da história dessa ideologia no país.

Nas décadas de 1920 e 1930, o Partido Nazista possuía filiais em várias partes do mundo. No Brasil, o partido teve presença em 17 estados e chegou a ter quase 3.000 membros, afirma a historiadora Ana Maria Dietrich, professora associada da Universidade Federal do ABC, citada pela Folha de S. Paulo.

O Partido Nazista no Brasil era restrito aos alemães que imigraram para o Brasil, excluindo assim os filhos de nacionais da Alemanha nascidos no Brasil, o que restringiu muito o alcance da agremiação.

Já um monitoramento feito pela antropóloga Adriana Dias revelou que, de 2015 a maio de 2021, células neonazistas saltaram de 75 para 530 no país, reporta o jornal Folha de S. Paulo. O jornal paulista também informa que um levantamento da plataforma Safernet Brasil contabilizou um crescimento de mais de 600% de denúncias sobre conteúdo de apologia ao nazismo na Internet: de 1.282 casos em 2015 para 9.004 em 2020.

A recondução do Brasil ao estado democrático de direito, em 1985, após 21 anos de ditadura militar, permitiu que grupos extremistas se articulassem e tentassem criar um partido neonazista. O oficial da Marinha Mercante Armando Zanine Júnior fundou, em 1988 o Partido Nacional Socialista Brasileiro (PNSB), que segundo Odilon Caldeira Neto trazia referências nítidas ao nazismo.

O PNSB teve vida curta e nunca foi oficializado na Justiça Eleitoral. Armando Zanine Júnior ainda tentou mudar o nome do partido, criando a sigla Partido Nacionalista Revolucionário Brasileiro (PNRB). "Um efetivo grupelho [que] tinha algumas dezenas de pmilitantes", como skinheads (cabeças raspadas) e ajudou na criação no Brasil da vertente white power (poder branco), comenta o professor de história contemporânea da UFJF.

Mas o próprio movimento neonazista no Brasil é fragmentado e diversificado, o que dificulta um alicerce estruturante, um ponto de vista programático, afirma Odilon Caldeira Neto. O especialista explica que o que há são pequenos grupos e gangues, que atuam em sites, fóruns, aplicativos de mensagens e operam mais em uma esfera de violência que, normalmente, não tende a ser apenas uma violência física, mas também em diversas roupagens.

"O que me parece importante é que essa grande pluralidade não condiz necessariamente com um grande número de militantes. Não existe nenhuma movimentação mais institucionalizada no âmbito do neonazismo no Brasil [...]. Por mais variadas que sejam as estratégias, as formas de atuação, de arregimentação, de discursos variados, não me parece que exista um eixo aglutinante desses tipos de organização. Isso não é menos preocupante [...] afinal é a reverberação de um discurso abertamente antissemita, racista, homofóbico, xenófobo, assim por diante", assinala o coordenador do Observatório de Extrema Direita. (Editado). Créditos: Sputnik Brasil

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Governo corta 2,1 bi do programa Minha Casa, Minha Vida

 A verba repassada aos programas habitacionais caíram 45,1% em 2020 em relação a 2019. Ao todo, esse número significa R$2,1 bilhões a menos no orçamento. Considerando todos os subsídios disponibilizados pelo governo federal, em especial para as famílias mais pobres, houve uma redução de R$12,9 bilhões em 2020.

O governo tenta substituir, ainda, o programa do ex-governo de Lula Minha Casa, Minha Vida, pelo seu próprio programa, chamado Casa Verde e Amarela, o novo programa, entretanto, não contempla as famílias mais pobres: o Casa Verde e Amarela deixa de fora a faixa 1, e não oferece subsídio para as famílias com renda de até R$1.800.  Além disso, o presidente Bolsonaro vetou a destinação de R$1,5 bilhões para as obras de faixa 1 em 2021.  O desmonte do programa habitacional é uma política que nega aos trabalhadores o direito mais básico de moradia. Créditos: Esquerda Diário

domingo, 15 de agosto de 2021

Agronegócio bate recorde, enquanto fome se alastra no Brasil

O agronegócio no Brasil está batendo recordes. Os produtores e empresários só têm a comemorar. Em 2020, em meio às dificuldades econômicas geradas pela pandemia, a agropecuária foi o único setor a crescer. Com tanto alimento sendo produzido no Brasil, 19 milhões de brasileiros passam fome.

No final do ano passado, pouco mais da metade da população brasileira (116,8 milhões) convivia com algum nível de insegurança alimentar, segundo pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).

Insegurança alimentar é a falta do acesso pleno e regular a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, como moradia.

Com o desemprego, a renda da população caiu. Em paralelo, o preço dos alimentos subiu, dificultando o acesso dos mais pobres, que precisam de programas sociais.

Em comparação, a remuneração pelo cultivo de alimentos no mercado interno tem sido pouco atrativa, mesmo para o pequeno produtor. A chamada agricultura familiar é responsável por boa parte do que chega à mesa dos brasileiros. Os grandes produtores não estão interessados em vender para o próprio país, e preferem a venda externa, para receber em dólar ou euro.

Foi no Brasil onde os preços subiram mais depressa na pandemia, apontou um estudo da Universidade de Oxford com dados do Banco Mundial. Em um ano, o quilo do arroz subiu quase 70%; o feijão preto, 51%; a batata, 47%; a carne, quase 30%; leite, 20%; e no óleo de soja a alta foi de 87%.

Em 2020, o Brasil foi responsável por 19% dos grãos produzidos no mundo, e continua sendo o segundo maior exportador de carnes. Mas sua população continua faminta, desempregada e doente. Fonte: G1 Créditos: Observatório do Terceiro Setor

sábado, 14 de agosto de 2021

Minirreforma trabalhista e novo Bolsa Família atacam direitos de crianças e adolescentes

O governo de Jair Bolsonaro incluiu na proposta de reformulação do Bolsa Família um vale-creche, para que as crianças sejam matriculadas em unidades privadas.

O vale-creche, cujo valor ainda não foi definido, será pago ao responsável pela criança de zero a 3 anos e 11 meses, que comprovar emprego formal ou atividade remunerada e inexistência de vaga na rede pública.

Para o professor da Faculdade de Educação da USP e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a proposta vai levar a uma redução ainda maior do investimento na abertura de creches e, no mesmo movimento, escoar dinheiro da educação para unidades privadas, de baixa qualidade, muitas vezes controladas por grupos políticos e religiosos que compõem a base de apoio do governo.

Ainda com a justificativa de criar empregos e combater a pobreza, o governo Bolsonaro conseguiu, nesta semana, a aprovação da Medida Provisória 1045, que entre outros ataques a direitos trabalhistas, promove um desmonte da Lei de Aprendizagem.

Essa lei determina que empresas de médio e grande porte contratem jovens aprendizes no equivalente de 5% a 15% de seu quadro de trabalhadores, garantindo a eles formação profissional e todos os direitos trabalhistas.

A MP cria o Regime Especial de Trabalho Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva (Requip), voltado para jovens de 18 a 29 anos, cuja contratação não teria vínculo empregatício, direito a previdência, nem salário fixo.

Além disso, o texto aprovado na Câmara permite que a contratação de jovens em situação de vulnerabilidade social, como beneficiários de programas sociais e jovens cumprindo medidas socioeducativas, seja contabilizada na cota de aprendizagem.

A secretária-executiva do Fórum Nacional pela Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Oliveira, considera a proposta um dos maiores retrocessos já cometidos contra adolescentes e jovens no Brasil.

Isa aponta ainda que, ao possibilitar que os jovens em situação de vulnerabilidade sejam contratados como cota de aprendizagem, a MP limita muito as oportunidades de adolescentes de 14 a 17 anos conseguirem empregos com base na Lei de Aprendizagem.

O texto da MP aprovado na Câmara ainda deve ser analisado pelo Senado antes de virar lei. Já a revisão do Bolsa Família, com a criação do vale creche, ainda vai ser analisado pelos deputados.

Créditos:Brasil de Fato