Quase um terço da população da cidade de São Paulo está satisfeita com sua vida, aponta pesquisa divulgada ontem (14) pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a MyFunCity. Em uma escala de 1 a 5, a relação com a família é o indicador que mais contribui para a satisfação dos paulistanos, com nota 3,842. Já o poder publico recebeu a pior avaliação, com 1,831.
Ainda assim, a avaliação geral sobre o bem-estar na cidade aumentou, subindo de 3,47 nos últimos cinco anos para os atuais 3,69. Em relação ao futuro, 56,2% alegaram extrema satisfação com suas expectativas de vida.
Segundo a diretora do Instituto de Finanças da FGV, Maria Tereza Fleury, a avaliação reflete otimismo em relação à vida, apesar dos problemas vividos na capital. “Eu posso estar muito insatisfeito com a cidade, mas satisfeito com a vida”, aponta.
Um dos problema eminentemente urbanos visto com muita insatisfação é o transporte, o segundo item mais mal avaliado, com nota de 2,574. Quase 31% dos ouvidos na pesquisa disseram gastar mais de duas horas diárias no trânsito. O problema influencia negativamente outros itens de bem-estar, como o tempo gasto com lazer e com a família, aponta o estudo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 30 de novembro de 2013, com 786 pessoas, em várias regiões da cidade, e entregue na segunda-feira (13) a Fernando Haddad. Onze itens tiveram seus níveis de relevância na vida avaliados: meio ambiente, transporte, família, redes de relacionamento, segurança, carreira, educação, governo, consumo e saúde.
Os pesquisados se mostraram insatisfeitos com a qualidade do ar da cidade e com o nível de ruído, com notas médias de satisfação de 2,16 e 1,98. A disponibilidade de espaços de lazer também recebeu nota baixa de satisfação, 2,92. Eles também se mostraram mais contentes com as universidades privadas do que com as públicas (3,25 contra 3,08) e revelaram estar preocupados com as dificuldades de guardar dinheiro – apesar de se apontarem satisfação com seus trabalhos. No quesito segurança, a pesquisa reflete um alto índice de insatisfação com a violência na cidade (1,47) e fronteiras (2,22), mas satisfação com os bombeiros (4,18).
O resultado da pesquisa também reafirmou a insatisfação com os serviços de plano de saúde (2,74), financeiras e provedores de serviços de TV e internet.
Créditos: Rede Brasil Atual
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