Na primeira entrevista concedida desde a reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na última sexta-feira 16, a presidente Dilma Rousseff foi contundente na tarde deste domingo ao dizer que Levy fica no governo. A declaração foi feita em Estocolmo, na Suécia, e vai contra todas as pressões do PT. "Ele não está saindo do governo. Ponto. Eu não trato mais desse assunto", disse Dilma, irritada com o tema.
"Qualquer coisa além disso está ficando especulativo. Vocês não farão especulação a respeito do ministro da Fazenda comigo", acrescentou a presidente. Neste domingo, o presidente do PT, Rui Falcão, aumentou a pressão pela saída do ministro. "Ou muda a política econômica, ou sai", afirmou, em entrevista. Sobre a declaração,
Dilma rebateu enfática que a opinião de Rui Falcão "não é a opinião do governo". "Eu acho que o presidente do PT pode ter a opinião que quiser, mas não é a opinião do governo. A gente respeita a opinião do presidente do PT, mas isso não significa que seja a opinião do governo", disse.
Diante da insistência sobre quais seriam as chances de Levy, após a declaração de Rui Falcão, deixar o governo, Dilma reforçou: "Se eu lhe disse que não é opinião do governo [a de Rui Falcão], o ministro Levy fica". Dilma acrescentou: "Se ele fica, é porque concordamos com a política econômica dele."
Segundo Dilma, a demissão de Levy não foi assunto na reunião. "O que nós conversamos na sexta-feira foi sobre quais são os próximos passos e qual é a nossa estratégia no sentido de que se aprovem as principais medidas sobre o equilíbrio fiscal", declarou.(Brasil 247).
Créditos: WSCOM
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