(Reuters) - O papa Francisco pediu perdão nesta quarta-feira por escândalos que abalaram o Vaticano e Roma, em uma aparente referência a dois casos de sacerdotes e homossexualidade revelados este mês durante uma grande reunião de bispos.
"Hoje ... em nome da Igreja, peço-lhes perdão pelos escândalos que ocorreram recentemente, quer em Roma ou no Vaticano", disse Francisco em uma declaração de improviso durante sua audiência geral semanal na praça de São Pedro. "Peço-lhes perdão", disse ele perante dezenas de milhares de pessoas, que irromperam em aplausos.
O papa, em seguida, leu o pronunciamento que havia preparado e não entrou em detalhes, mas houve dois escândalos envolvendo o Vaticano e a Igreja em Roma nas últimas duas semanas.
Em 3 de outubro, um monsenhor polonês que trabalhava no escritório doutrinal do Vaticano desde 2003, deu uma entrevista coletiva na qual revelou ser gay e que havia anos estava vivendo com outro homem.
O Vaticano demitiu dom Krzysztof Charamsa, um teólogo, de seu trabalho, bem como das aulas em universidades católicas em Roma.
Um porta-voz disse na época que a decisão de Charamsa de revelar sua homossexualidade na véspera de uma reunião de bispos do mundo no Vaticano era "grave e irresponsável". Ele o acusou de tentar exercer "pressão indevida na mídia" no debate dos bispos sobre questões da família, incluindo a posição da Igreja sobre homossexuais.
O papa também parecia estar se referindo a um escândalo exposto na mídia italiana na semana passada sobre uma ordem de sacerdotes que administra uma paróquia em um bairro afluente de Roma.
Fiéis da paróquia de Santa Teresa d'Ávila escreveram a autoridades locais da Igreja alegando que um clérigo de lá havia tido encontros com "adultos vulneráveis". Jornais disseram que isso ocorreu em um parque adjacente frequentado por prostitutos do sexo masculino.
De acordo com a carta publicada na mídia, paroquianos disseram ter reunido provas sobre as atividades ilícitas do clérigo e ficaram furiosos ao descobrir que ele tinha sido transferido para outra parte da Itália em vez de ser punido.
Desde sua eleição em 2013, o papa pediu perdão por abuso sexual de crianças pelo clero e pelo tratamento da Igreja aos protestantes e aos povos indígenas no curso de sua história.
Créditos: Reuters
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