O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos e Serviços de Saúde do Estado da Paraíba, o cardiologista Francisco Santiago Pereira, denunciou nesta semana que a prefeitura da Capital não está em dia com os repasses para os hospitais que atendem pelo SUS. O atraso tem sido em média de 60 dias. A reclamação é geral entre os hospitais privados que atendem pelo SUS.
“O Ministério da Saúde repassa os recursos, e eles só nos pagam geralmente com mais de 60 dias”, afirmou o médico, ressaltando que as verbas são carimbadas para os hospitais e não poderiam ser utilizadas para outros fins.
Diretor da clínica Dom Rodrigo, referência em cardiologia na Paraíba, Francisco Santiago disse que por causa dos atrasos nos repasses a instituição não está mais realizando cateterismo cardíaco ambulatorial pelo SUS. Os médicos suspenderam esse atendimento devido à defasagem dos valores pagos. O médico recebe em torno de R$ 90 pelo procedimento.
“Faz 70 dias ou mais que não se faz um exame de cateterismo na Paraíba pelo SUS”. O atendimento é feito pelo SUS apenas em casos de urgência, e quando há vaga.
A clínica Dom Rodrigo é referência em cardiologia no estado. Segundo Francisco Santiago, no entanto, os gestores públicos nem incentivam os hospitais privados nem abrem serviços públicos. “Não tem mais ninguém. Só tem o Dom Rodrigo fazendo alta complexidade, o resto que faz por aí é clínica. O Santa Isabel é só atendimento clínico.
A clínica Dom Rodrigo é referência em cardiologia no estado. Segundo Francisco Santiago, no entanto, os gestores públicos nem incentivam os hospitais privados nem abrem serviços públicos. “Não tem mais ninguém. Só tem o Dom Rodrigo fazendo alta complexidade, o resto que faz por aí é clínica. O Santa Isabel é só atendimento clínico.
Quando precisa fazer uma angioplastia, uma cirurgia cardíaca, um cateterismo de urgência, quando precisa de um marca-passo, vem pra cá pra Dom Rodrigo, é no Estado inteiro, de Cajazeiras a Cabedelo, só quem coloca é o Dom Rodrigo. Tem gente morrendo há muito tempo por falta de assistência, a verdade é essa, sem chegar nem a ser diagnosticado”, disse o médico. Segundo ele, nos últimos dez anos a taxa de mortalidade por infarto aumentou 20% na Paraíba.
Francisco Santiago disse que para não fechar as portas, é possível que a clínica Dom Rodrigo tenha que deixar de atender pelo SUS. “Eu estou com dificuldades. Faz seis meses que eu estou com dificuldade de pagar meus impostos”, desabafa. De acordo com o Sagres do TCE, nos primeiros três meses deste ano, de um total de R$ 208.192.794 empenhados para serem pagos com recursos do Fundo Municipal de Saúde, constam como pagos apenas R$ 59.533.860 nesse período.
Créditos: ClickPB
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