Na sexta-feira (31), diversos segmentos populares de todo o país foram às ruas para protestar contra as medidas de austeridade do governo do presidente não eleito Michel Temer (PMDB). Bradando principalmente contra as reformas trabalhista e da Previdência, movimentos populares e centrais sindicais consagraram a data como mais um passo importante do calendário de lutas populares no país.
Segundo os organizadores dos protestos, os atos foram um aquecimento para a greve geral, que vem sendo articulada para o dia 28 de abril. A ideia é mobilizar as diversas categorias profissionais para aglutinar o máximo de trabalhadores possível em torno das bandeiras de luta da oposição.
Rumo a esse horizonte, segmentos populares se reuniram em diversas cidades de todas as regiões do país, com destaque para Belo Horizonte, que concentrou cerca de 100 mil pessoas, São Paulo com 70 mil, Rio de Janeiro com 60 mil, Fortaleza, que contou com a participação de mais de 35 mil pessoas, e Natal, com 20 mil participantes.
Considerada uma pauta de caráter extremamente impopular, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287 esteve na boca dos manifestantes nesta sexta-feira por todo o país, estampando a maior parte dos cartazes. A reforma da Previdência é a pauta legislativa mais espinhosa do governo Temer, pois tem angariado a antipatia até mesmo de membros da base aliada no Congresso Nacional.
Enquanto o governo intensifica as barganhas de bastidor para ganhar votos que consagrem a aprovação da matéria, os movimentos populares correm contra o tempo para esclarecer a população brasileira sobre os riscos da medida, que é apontada por diversos especialistas como um risco para a macroeconomia do país.
Outra pauta que vem ganhando força nas ruas é o combate à terceirização ilimitada, aprovada recentemente pela Câmara Federal e sancionada na noite desta sexta-feira (31) por Temer. A medida também teve destaque nos protestos de rua por todo o país.
Créditos: Brasil de Fato
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