Desde 2013, houve um aumento significativo na abertura de vagas para cursos de medicina, no entanto, isso não passa nem perto de ser o suficiente. O ministro da educação Mendonça Filho, que irá assinar nessa quinta (05) a moratória decretada pelo governo, declarou que "houve uma expansão muito grande nos cursos de medicina" e que "é preciso puxar o freio de mão para um balanço e para que possamos garantir a qualidade do ensino na área". Para ele, isso pode ser uma desculpa válida, mas quem depende do ensino público sabe muito bem que a qualidade da educação nunca foi prioridade para o governo, e não vai passar a ser desse jeito.
O mesmo governo golpista que decretou uma Reforma do Ensino Médio, precarizando ainda mais a educação nas escolas, e que não dá uma garantia de ensino de qualidade para que o ingresso nas universidades sejam de fato possível está afirmando que quer proibir novos cursos de medicina para garantir qualidade. Essa contradição absurda, para piorar, fica ainda mais nítida quando vemos o governo investindo bilhões na intervenção federal no Rio de Janeiro, para reprimir o povo e tentar colocar "ordem".
Não nos enganamos: Temer não está do lado dos estudantes, e no seu governo a educação passa muito longe de ser prioridade, pelo contrário, é sucateada cada vez mais. Por isso, não podemos aceitar mais um ataque que tenta sufocar nossos sonhos. Temos que ir contra essa medida arbitrária e exigir mais, pois não só devemos ter possibilidade de vagas, mas também temos que garantir que possamos cursar. Para isso, temos que lutar pelo fim do filtro social que é o vestibular, para que tenhamos acesso ao ensino superior, que é um direito básico. Foto: Arquivo Google.
Créditos: Esquerda Diário
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