O bairro do Ipiranga, na zona sul, ganhou na ultima sexta-feira (6) um complexo com Hospital Dia, clínica odontológica e de reabilitação. O prefeito Fernando Haddad inaugurou nesta manhã o novo equipamento, que é a oitava unidade da rede Hora Certa aberta na capital. O local reúne consultas com especialistas, exames, pequenas cirurgias, serviço especializado em saúde bucal e atendimento a pessoas com deficiência.
“Este é o oitavo Hospital Dia que nós entregamos e do ponto de vista de consulta de especialidades e exames de imagem, nós fizemos um bom trabalho. São oito hospitais fixos e quatro móveis, e a unidade móvel tem a mesma produtividade da fixa. Então na prática são 12 hospitais dias em funcionamento na cidade”, afirmou Haddad.
O novo hospital terá capacidade de realizar, em média, 1.500 atendimentos diários pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós pegamos um equipamento que já existia e quase 30% do prédio era depósito de inservíveis. Inclusive o centro cirúrgico era um depósito de cadeiras velhas, mostrando um nível de abandono e de descuidado que nós não poderíamos aceitar. Nós investimos para renovar e aperfeiçoar o prédio. Fizemos deste lugar, que era um depósito, um hospital com tecnologia de ponta, a serviço da população”, explicou o secretário José de Filippi (Saúde).
O centro cirúrgico da nova unidade conta com três salas para cirurgias eletivas de baixa e média complexidade, quatro leitos para recuperação pós-anestésica (RPA) e oito leitos de enfermaria/observação pós-cirúrgico (adulto/infantil). “Nósfizemos uma reforma de R$ 3,5 milhões em obras e de mais de R$ 4 milhões em equipamentos de última geração”, disse Haddad.
A população terá à disposição diversos serviços de saúde especializados em um único local. Serão 24 consultórios para especialidades médicas, com destaque para Acupuntura, Anestesiologia, Cardiologia, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Urologia, Endocrinologia, Ortopedia, Dermatologia, Cirurgia Geral, Pequena Cirurgia, Pneumologia Adulto e Infantil, Hematologia Infantil e Gastroenterologia. O apoio diagnóstico na unidade terá um centro oftalmológico especializado, um centro de diagnóstico endoscópico, um centro de diagnóstico por imagem, ultrassom, além de 14 salas de exames diagnósticos especializados, entre os quais Eletroencefalografia, Eletroneuromiografia e Colposcopia.
Janete Ronda, de 83 anos, frequenta a unidade de saúde do Ipiranga já há alguns anos. Regularmente ela acompanha o irmão que é diabético e já sofreu um infarto. "O atendimento e a infraestrutura aqui já melhorou muito. Acho que com essa ampliação, com a oferta de médicos especialistas e de vários exames, a melhora será ainda maior", enaltece a munícipe.
A adequação do antigo prédio do Ambulatório de Especialidades Flávio Giannotti para o HD-RHC Ipiranga permitiu a ampliação do atendimento de deficiências física, auditiva, intelectual e visual e a implementação do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV). O serviço funcionará com recepção própria e sala de espera, seis salas de terapias multiuso, setor de saúde auditiva, sala de AVD (Atividade de Vida Diária), dez boxes de eletrotermoterapia, sala de estimulação infantil oportuna, uma sala de cinesioterapia; seis consultórios; uma sala de acupuntura e uma sala de grupos/oficina.
Outros sete Hospitais Dia da Rede Hora Certa já foram entregues são nos seguintes bairros: Freguesia do Ó/Brasilândia, Penha, Lapa, São Miguel Paulista, Itaim Paulista e M’Boi Mirim I e II, além de quatro unidades móveis.
Os atendimentos da nova unidade ocorrerão de forma gradativa, assim como acontece em todos os serviços de saúde.
A inauguração foi ainda acompanhada pela vice-prefeita Nádia Campeão e pelos secretários municipais Alexandre Padilha (Relações Governamentais) e Nunzio Briguglio (Comunicação).
São Paulo contra a dengue
Também pela manhã, antes da visita ao Hospital Dia recém-inaugurado, o prefeito participou de uma reunião técnica sobre o panorama atual da dengue e da febre chikungunya. O encontro reuniu o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o secretário municipal da pasta, José de Filippi Júnior, e profissionais da rede municipal. Na ocasião, o ministro destacou o desempenho da cidade no combate ao mosquito aedes aegypti.
"Desde o ano passado, em todas as oportunidades que tenho conversado com o prefeito, ele sempre destaca a importância da ação articulada com as subprefeituras, com as regionais [de saúde] e com o apoio da Secretaria de Saúde para poder colocar em prática o plano de contingência. Plano este que se destaca exatamente por levar as duas dimensões - a dimensão da vigilância e o do cuidado, da assistência - com o mesmo grau de prioridade. E isso está fazendo diferença. Nós não podemos perder a oportunidade de prevenção, mas não podemos deixar ninguém morrer por dengue. Não podemos errar do ponto de vista do diagnóstico", afirmou.
Chioro lembrou que a situação deve se agravar nos próximos dois meses, quando ainda teremos condições sazonais propícias para a reprodução do mosquito - o que deve contribuir para o aumento da incidência de dengue. Atualmente, o município apresenta tava de incidência de 46 casos por 100 mil habitantes. Para a caracterização de uma epidemia, a taxa deve ser de 300 casos por 100 mil habitantes.
Outro dado destacado pelo ministro foi o do não registro de casos graves ou óbitos na cidade até a sexta semana epidemiológica, apesar do aumento registrado quando comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2014 eram 1.440 casos notificados ante 2.708 casos em 2015. Chioro atribuiu a isto justamente o trabalho que tem sido feito pelos profissionais da rede municipal para o acolhimento e diagnóstico efetivo.
"Os números não nos confortam porque o que a gente quer efetivamente é que ninguém fique doente, mas à luz das condições dadas, a nossa rede tem feito um bom trabalho e a população tem compreendido que precisa lutar contra a dengue, que precisa ajudar o poder público. Em tempos de reservação de água pelos cidadãos, preocupados com o abastecimento, essa atenção tem que ser redobrada. O nosso temor era de que a preocupação com a água pudesse fazer com que as pessoas a reservassem de forma imprópria, permitindo a proliferação do mosquito, que é muito difícil de combater, sobretudo em um território com 1.500 quilômetros quadrados", completou o prefeito Fernando Haddad.
Créditos: PMSP
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