O Wikileaks revelou, via Twitter, que o presidente interino Michel Temer atuou como informante do governo dos EUA. A correspondência diplomática vazada pela organização demonstra que, em meados de 2006, Temer mantinha a embaixada norte-americana a par da conjuntura política nacional, em especial sobre o panorama eleitoral de 2006 – ano da eleição presidencial que conferiu ao ex-presidente Lula o segundo mandato.A veracidade e a origem dos documentos foram comprovadas por analistas de informática.
As correspondências, classificadas como "sensível" e "para uso apenas oficial", foram transmitidas a Washington entre 11 de janeiro e 21 de junho daquele ano. Segundo a avaliação do então deputado e presidente do PMDB, a disputa eleitoral entre Lula e Geraldo Alckmin permanecia em aberto, sem desfecho previsível.
Temer apontava que o seu partido não apoiaria nenhum dos candidatos no primeiro turno e afirmava também que o PMDB elegeria entre 10 e 15 governadores e as maiores bancadas na Câmara e no Senado, o que reafirmaria o poder de seu partido, independentemente do resultado das eleições para a presidência. "Quem quer que vença a eleição presidencial terá que vir até nós para fazer qualquer coisa", teria dito o atual presidente interino.
O agora presidente interino reportava aos norte-americanos o racha interno no PSDB, com a disputa entre Geraldo Alckmin e José Serra, que ocupava a prefeitura de São Paulo, naquele momento. Temer também faz comparação entre o então presidente Lula e o antecessor Fernando Henrique Cardoso. Para o atual ocupante do Planalto, "as classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres". Os ditos bilhetes com a correspondência diplomática podem ser acessados aqui e aqui.
Créditos: Rede Brasil Atual
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